A Anistia Internacional reivindicou ontem (17) uma investigação internacional sobre o bombardeio israelense da Torre al-Jalaa, que abrigava escritórios da imprensa estrangeira e apartamentos residenciais, na Faixa de Gaza.
No sábado, aviões de guerra de Israel destruíram o edifício, que abrigava escritórios de diversos grupos de mídia, incluindo Al Jazeera e Associated Press.
Mísseis israelenses também mataram duas mães palestinas e oito crianças no campo de refugiados de al-Shati, no sul de Gaza.
“Ataques diretos contra civis são crimes de guerra”, reiterou a Anistia no Twitter, ao expressar profunda preocupação sobre o aumento exponencial no número de mortos em Gaza.
O grupo de direitos humanos sediado em Londres exortou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a “investigar os ataques israelenses contra o campo de refugiados de al-Shati”.
https://twitter.com/amnesty/status/1393928456887545862?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1393928456887545862%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20210518-amnesty-calls-on-icc-to-investigate-israels-targeting-of-residential-buildings-media-offices%2F
‘Ataques diretos contra civis são crimes de guerra’, denuncia Anistia Internacional
“A ofensiva israelense contra a Torre al-Jalaa, que destruiu casas e escritórios da Al Jazeera e Associated Press, deve ser investigada como crime de guerra”, prosseguiu. “O ataque cumpre um padrão de punição coletiva imposta por Israel à população palestina”.
Ao menos 198 palestinos foram mortos, incluindo 58 crianças e 35 mulheres, por bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, além de 1.235 feridos, desde a última semana, segundo autoridades de saúde locais.
Diversos edifícios também foram destruídos ou danificados por Israel.
Em contraponto, dez israelenses foram mortos.
A recente escalada de tensões teve início em Jerusalém Oriental ocupada durante o mês sagrado do Ramadã e propagou-se a Gaza, como resultado de violações israelenses contra fiéis no complexo da Mesquita de Al-Aqsa e residentes do bairro de Sheikh Jarrah.
Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.
LEIA: Anistia Internacional pede fim à repressão brutal contra manifestantes palestinos








