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Turquia, Catar, Arábia Saudita e Egito condenam violência de Israel contra palestinos

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan (à esquerda) encontra-se com o Emir do Catar Tamim bin Hamad al-Thani na capital catariana Doha, [Murat Cetinmuhurdar/Gabinete de Imprensa da Presidência da Turquia/AFP via Getty Images]
Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan (à esquerda) encontra-se com o Emir do Catar Tamim bin Hamad al-Thani na capital catariana Doha, [Murat Cetinmuhurdar/Gabinete de Imprensa da Presidência da Turquia/AFP via Getty Images]

Diversos contatos entre estados proeminentes do Oriente Médio foram feitos para tratar da brutal repressão israelense contra manifestações civis palestinas, além da invasão de forças da ocupação sionista à Mesquita de Al-Aqsa, ao longo dos últimos dias.

Turquia, Catar, Arábia Saudita, Egito, entre outros exortaram Tel Aviv a respeitar os direitos do povo palestino e a lei internacional.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan telefonou ontem (10) ao emir catariano Tamim bin Hamad al-Thani para debater cooperação bilateral. Porém, os recentes eventos nos territórios palestinos ocupados, sobretudo Jerusalém Oriental, tornaram-se foco da conversa.

Na última semana, forças israelenses atacaram fiéis no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, além de reprimir violentamente protestos contra a expulsão à força de famílias palestinas do bairro histórico de Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada.

Ainda nesta segunda-feira, ao menos vinte palestinos foram mortos por ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza — incluindo nove crianças.

LEIA: O que Israel pretende com os ataques a Al-Aqsa e Sheikh Jarrah?

Os líderes da Turquia e Catar condenaram as ações da ocupação israelense e reivindicaram o fim das agressões contra civis desarmados, em respeito à lei internacional.

O Ministro de Relações Exteriores do Egito Sameh Shoukry também telefonou ao chanceler saudita, príncipe Faisal bin Farhan, e condenou ações que “ferem os direitos legítimos do povo palestino”, ao enfatizar a responsabilidade legal de Israel em proteger tais direitos.

Segundo Ahmed Hafez, porta-voz da chancelaria egípcia, ambos os ministros “debateram os rápidos acontecimentos na arena palestina e as recentes incursões israelenses aos pátios do santuário sagrado da Mesquita de Al-Aqsa”.

O dia de ontem marcou o ápice — até então — de semanas de tensões entre civis palestinos que demandam direitos básicos em Jerusalém e a polícia militar israelense, após colonos expulsarem famílias palestinas de suas casas ancestrais em Sheikh Jarrah.

No início do ano, o judiciário da ocupação ordenou o despejo arbitrário de nativos palestinos do bairro de Jerusalém para substituí-los por colonos ilegais. As ações foram reconhecidas até por vereadores locais como tática de limpeza étnica para obter a supremacia judaica.

A situação deve deteriorar-se ainda mais nos próximos dias.

O exército da ocupação israelense já anunciou novos bombardeios em larga escala contra a Faixa de Gaza sitiada e sugeriu uma ofensiva por terra.

LEIA: Aviões de guerra israelenses atacam Ministério do Interior de Gaza

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