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Crimes de extrema direita na Alemanha atingem recorde histórico

Parentes, amigos e testemunhas se encontram na frente e nas salas da iniciativa das vítimas 'say their names' perto da primeira cena do crime em Heumarkt no primeiro aniversário do tiroteio, em 19 de fevereiro de 2021, em Hanau, Alemanha [Thomas Lohnes/Getty Images]
Parentes, amigos e testemunhas se encontram na frente e nas salas da iniciativa das vítimas 'say their names' perto da primeira cena do crime em Heumarkt no primeiro aniversário do tiroteio, em 19 de fevereiro de 2021, em Hanau, Alemanha [Thomas Lohnes/Getty Images]

O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, disse que os crimes de extrema direita no país atingiram um recorde.

Os crimes de extrema direita foram responsáveis por mais da metade de todos os crimes de motivação política e estão em seu nível mais alto em 20 anos, desde que a polícia começou a coletar dados em 2001.

Seehofer disse que o crime com motivação política é um problema crescente em grupos que visam imigrantes, refugiados, alemães negros, exibindo símbolos nazistas, realizando ataques antissemitas e visando povos asiáticos.

Disse, ainda, que o crime islâmico foi maior do que nos anos anteriores. Houve 49 ataques a mais no ano passado do que em 2016, quando os números dispararam por causa da crise de refugiados.

“O extremismo de direita é a maior ameaça para a segurança em nosso país, já que a maioria dos crimes racistas são cometidos por pessoas desse grupo”, disse Seehofer.

Ele também disse que a violência da direita deixou um “rastro de sangue” em toda a Alemanha.

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Em fevereiro do ano passado, o atirador Tobias Rathjen disparou contra nove pessoas em um bar shisha em Hanau, conhecido por ser frequentado por não alemães ou pessoas de ascendência não alemã, matou sua mãe em casa e depois se matou.

Entre os mortos estavam turcos, um bósnio, um búlgaro, um cidadão romeno e uma mulher grávida.

Rathjen carregou um manifesto de 24 páginas no qual ele pediu a eliminação de vários países do Oriente Médio.

Houve outros ataques contra refugiados sírios na Alemanha, incluindo um incêndio criminoso. O homem que sobreviveu apresentou uma queixa contra a polícia alemã por não considerar o motivo xenófobo de extrema direita.

Na noite de segunda-feira, um homem de 53 anos que se acredita estar por trás de mais de 100 cartas contra estrangeiros contendo ameaças de morte enviadas a alemães proeminentes foi preso em Berlim.

O acusado assinou suas cartas com a NSU 2.0 em referência à célula terrorista neonazista National Socialist Underground, que matou dez pessoas em ataques com motivação racial, incluindo oito turcos, um imigrante grego e uma policial.

Ele já foi condenado por crimes, incluindo aqueles motivados por ideologia de direita.

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