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Alemanha rejeita relatório da HRW sobre ‘apartheid de Israel’

O porta-voz do governo, Steffen Seibert, em 5 de janeiro de 2021, em Berlim, Alemanha [Andreas Gora/Pool/Getty Images]
O porta-voz do governo, Steffen Seibert, em 5 de janeiro de 2021, em Berlim, Alemanha [Andreas Gora/Pool/Getty Images]

A Alemanha expressou sua rejeição a um relatório recente da Human Rights Watch (HRW) que descreve as práticas israelenses em relação aos palestinos como sendo “os crimes contra a humanidade do apartheid e da perseguição”.

Segundo o porta-voz do governo alemão Steffen Seibert, a suposição do órgão internacional de direitos humanos de que “Israel está cometendo o crime de apartheid de lei internacional não é explicitamente endossada pelo governo alemão”, relatou a Agência Anadolu.

“Não achamos que seja uma avaliação correta”, acrescentou Seibert.

Lançado na semana passada, o relatório de 213 páginas intitulado “Um limiar cruzado: autoridades israelenses e os crimes de apartheid e perseguição”  examina o tratamento dispensado por Israel aos palestinos. Ele apresenta a realidade atual de uma única autoridade, o governo israelense, governando principalmente sobre a área entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, povoada por dois grupos de tamanho aproximadamente igual, e privilegia metodologicamente judeus israelenses enquanto reprime os palestinos, mais severamente no território ocupado, disse o grupo de direitos”.

LEIA: Descoberta de apartheid de Israel pela HRW aproxima justiça para os palestinos

“Vozes proeminentes alertaram durante anos que o apartheid está à espreita se a trajetória do governo de Israel sobre os palestinos não mudar”, disse Kenneth Roth, diretor executivo da Human Rights Watch. “Esse estudo detalhado mostra que as autoridades israelenses já dobraram essa esquina e hoje estão cometendo os crimes contra a humanidade de apartheid e da perseguição”.

Roth também observou: “Negar a milhões de palestinos seus direitos fundamentais, sem qualquer justificativa de segurança legítima e unicamente porque são palestinos e não judeus, não é simplesmente uma questão de ocupação abusiva. Essas políticas, que concedem aos judeus israelenses os mesmos direitos e privilégios onde quer que vivam e discriminam os palestinos em vários graus, onde quer que vivam, refletem uma política de privilegiar um povo em detrimento de outro”.

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