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Grupo de Israel expõe rabino como missionário cristão

Rabinos e membros da congregação oram durante o culto matinal na Grande Sinagoga, em 17 de dezembro de 2020 [Lisa Maree Williams/Getty Images]
Rabinos e membros da congregação oram durante o culto matinal na Grande Sinagoga, em 17 de dezembro de 2020 [Lisa Maree Williams/Getty Images]

Moradores do bairro de French Hill em Jerusalém ficaram horrorizados depois que um rabino foi declarado um missionário cristão disfarçado, relatou o Times of Israel.

O homem e sua família, que não foram identificados, foram acusados por Beyneynu, uma organização sem fins lucrativos que monitora as atividades dos missionários em Israel, alegando que mantinha a família sob vigilância por sete anos e estava investigando suspeitas de um missionário secreto operando na área.

O incidente supostamente “explodiu” há uma semana, quando a filha de 13 anos do homem disse a colegas que Jesus “aceita a todos, mesmo que estejam errados”.

O pai estava se passando por rabino, escriba e mohel, até mesmo realizando circuncisões rituais.

A porta-voz de Beyneynu Shannon Nussan afirmou que eles confrontaram o homem em 2014, mas ele havia desaparecido, ressurgindo no bairro ultraortodoxo, para iniciar uma nova “vida de mentiras”.

O homem e sua família supostamente falsificaram documentação para parecerem judeus a fim de entrar em Israel sob a ‘Lei do Retorno’, e se mudaram com sua família de Nova Jersey, incorporando-se à comunidade ultraortodoxa Charedi no bairro de French Hill.

Após investigações minuciosas, Beyneynu alegou que a esposa havia mentido sobre ser filha de sobreviventes do holocausto. Descobriu-se que os pais da família eram de Nova Jersey e não eram judeus, e postaram material missionário excessivamente nas redes sociais.

LEIA: Policiais europeus prendem suspeitos de fraude ligados a Israel

O falecido pai do homem foi identificado como membro da Igreja Menonita da Amizade e enterrado em um cemitério não judeu.

A comunidade ficou chocada e horrorizada com as revelações, já que vinham sustentando a família depois que a esposa morreu de câncer, até criando um fundo.

“A família parecia completamente ultraortodoxa, ele tinha uma longa barba e um chapéu, os meninos usavam cachos laterais, as meninas frequentavam as escolas Beis Yaakov”, disse Yoni Kayman, membro da comunidade local.

“Há cinco anos apoiamos eles, pagando mantimentos, ônibus escolares, tudo, e eles nos enganaram”, continuou.

O homem teria tentado encobrir seus rastros, excluindo conteúdo de mídia social e tirando suas filhas da escola religiosa local.

A comunidade e Beyneynu estão tentando fazer com que o homem seja expulso de Israel, já que ele e sua família entraram no país de forma fraudulenta.

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