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Oficiais sionistas do Congresso dos EUA acusam UNRWA de ‘antissemitismo’

Estudantes palestinas em uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), na Cidade de Gaza, 22 de janeiro de 2018 [Mahmud Hams/AFP/Getty Images]

Um grupo de oficiais do Congresso dos Estados Unidos reuniu-se para pressionar pela remoção de conteúdo supostamente “antissemita” do material didático utilizado por escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) nos territórios ocupados.

Os esforços do lobby sionista no parlamento americano são uma resposta à decisão do governo de Joe Biden para retomar a assistência dos Estados Unidos à UNRWA, suspensa indefinidamente pelo ex-presidente Donald Trump.

Críticas a Israel são rotuladas como antissemitismo [Carlos Latuff/Twitter]

Um relatório de 2019 publicado pelo grupo israelense Impact-SE e frequentemente citado pelos círculos pró-Israel em Washington acusa os livros didáticos concedidos pela Autoridade Palestina de “propagar incitação” e “abandonar qualquer fachada de neutralidade da ONU”.

Quatro anos atrás, porém, os próprios palestinos denunciaram a UNRWA por tentar alterar tópicos relacionados a questões nacionais em seu currículo escolar.

A Autoridade Palestina então concordou com a agência internacional que não haveria qualquer mudança no material didático aplicado nas escolas da UNRWA e que qualquer emenda passaria por consulta abrangente do Ministério da Educação em Ramallah.

Na última semana, Biden anunciou US$235 milhões em ajuda aos palestinos, dos quais dois terços são destinados à UNRWA.

A agência ainda sofre de uma grave crise financeira desde os ataques de Trump, em 2018.

LEIA: Oficiais israelenses criticam a retomada da ajuda americana à UNRWA

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