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HRW denuncia risco de exclusão de refugiados da vacinação para covid-19 no Líbano

Trabalhadores desinfetam o campo Wavel para refugiados palestinos no vale do Bekaa, no leste do Líbano, em 22 de abril de 2020. [AFP via Getty Images]
Trabalhadores desinfetam o campo Wavel para refugiados palestinos no vale do Bekaa, no leste do Líbano, em 22 de abril de 2020. [AFP via Getty Images]

A Human Rights Watch alertou na terça-feira que o programa de vacinação para covid-19 do governo libanês corre o risco de deixar para trás comunidades marginalizadas, incluindo refugiados e trabalhadores migrantes.

O vigilante de direitos disse em um comunicado que o governo libanês havia prometido um programa de vacinação equitativo, mas “o esforço foi manchado por interferência política e falta de informação”.

“Com uma em cada três pessoas no Líbano refugiada ou migrante, um terço da população corre o risco de ficar para trás no plano de vacinação”, disse Nadia Hardman, refugiada e pesquisadora de direitos de migrantes da Human Rights Watch.

“O governo precisa investir na divulgação direcionada para construir confiança com as comunidades há muito marginalizadas ou o esforço de vacinação para covid-19 está fadado ao fracasso”, acrescentou ela.

LEIA: Jornal denuncia planos para forçar os refugiados palestinos a deixar o Líbano

O comunicado disse que dados da ONU mostram que refugiados sírios e palestinos morreram de covid-19 em uma taxa mais de quatro e três vezes a média nacional, respectivamente.

Ainda assim, de acordo com a plataforma de registro e rastreamento de vacinas para covid-19 do governo, apenas 2,86% dos vacinados e 5,36% dos registrados para receber vacinas são não libaneses, embora constituam pelo menos 30% da população.

A HRW criticou alguns políticos libaneses sem identificá-los, dizendo que eles garantiram vacinas para seus apoiadores, levantando temores de que a distribuição de vacinas será baseada em afiliação política em vez de critérios de distribuição transparentes e baseados em evidências que se aplicam igualmente a todos no Líbano, deixando grupos marginalizados atrás.

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