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Jordânia prende mais de 200 manifestantes em ato contra falta de oxigênio

Forças de segurança da Jordânia fazem uma barreira contra manifestantes reunidos em uma colina da capital Amã, em 15 de março de 2021 [Khalil Mazraawi/AFP via Getty Images]
Forças de segurança da Jordânia fazem uma barreira contra manifestantes reunidos em uma colina da capital Amã, em 15 de março de 2021 [Khalil Mazraawi/AFP via Getty Images]

Autoridades jordanianas prenderam mais de 200 pessoas que protestavam contra a morte de seis pacientes devido à falta de oxigênio em uma ala hospitalar para tratamento do coronavírus, na cidade de Salt, oeste do país, reportou o site de notícias Arabi21.

O protesto teve início em frente ao hospital público local e logo espalhou-se por todo o reino, reivindicando responsabilização pelas mortes e em franco desafio ao toque de recolher noturno instituído durante a pandemia.

Muhammad relatou que forças de segurança prenderam seu irmão durante um protesto pacífico em Hay Nazzal, na capital Amã. “Fui ao centro de segurança onde detiveram meu irmão e tentei vê-lo, mas os policiais me impediram e me expulsaram dali”.

Após seu irmão ser transferido à promotoria pública, Muhammad submeteu dois pedidos de fiança em seu nome, ambos indeferidos.

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O advogado Alaa Al-Hiyari destacou que a equipe jurídica dos manifestantes também requisitou fiança mais de uma vez, mas que todos os apelos foram negados pelas autoridades jordanianas, mesmo embora alguns detidos sofram de doenças crônicas.

Al-Hayari detalhou à rede Arabi21 que os prisioneiros incluem advogados, engenheiros, professores e estudantes universitários, alguns dos quais detidos apesar de possuírem autorização especial para sair às ruas durante o toque de recolher.

Na última semana, oito pacientes morreram em Amã após um apagão no fornecimento de oxigênio, segundo a televisão estatal. O primeiro-ministro Bishr Al-Khasawneh responsabilizou o próprio governo pelas mortes, ao descrevê-las como “erro injustificado”.

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