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Ativista da Anistia continua banido de viajar por restrição de Israel

Campanha reivindica que Israel respeite a liberdade de movimento de Laith Abu Zeyad, ativista da Anistia Internacional [Anistia]
Campanha reivindica que Israel respeite a liberdade de movimento de Laith Abu Zeyad, ativista da Anistia Internacional [Anistia]

Autoridades da ocupação israelense continuam a impedir Laith Abu Zeyad, ativista palestino de direitos humanos e colaborador da Anistia Internacional, a viajar livremente para Jerusalém Oriental ou ao exterior, reportou nesta segunda-feira (22) a rede Rai Al-Youm.

A Corte Distrital de Israel em Jerusalém deve conduzir uma audiência em 6 de abril para responder a uma nova petição da Anistia contra a proibição imposta a Abu Zeyad.

Abu Zeyad, segundo a organização humanitária, é banido de viajar ao exterior por restrição de Israel desde outubro de 2019, sob “razões de segurança” jamais especificadas.

Um primeira petição registrada a favor de Abu Zeyad foi descartada em fevereiro e uma nova petição foi submetida para reverter a “cruel” proibição imposta por autoridades israelenses a um colaborador da Anistia e ativista palestino residente na Cisjordânia ocupada.

A Anistia Internacional destacou que Abu Zeyad solicitou autorização humanitária no posto de controle militar de al-Zaytoona (Hazatem), perto de Jerusalém ocupada, em setembro de 2019, para acompanhar sua mãe durante um tratamento médico na cidade.

Seu pedido foi negado com base nas mesmas “razões de segurança”, sem maior explicação.

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Em dezembro de 2019, Abu Zeyad foi proibido de visitar sua mãe, então paciente com câncer em um hospital de Jerusalém, e não pode, portanto, vê-la antes de falecer.

Em maio de 2020, um juiz da Corte Distrital de Jerusalém aceitou ouvir os apelos da Anistia para suspender a arbitrária restrição de viagem. Entretanto, acatou ao pressuposto infundado das agências israelenses de que Abu Zeyad representa um “risco de segurança”.

Uma autorização especial para comparecer à audiência foi também negada a Abu Zeyad, representado então por seu advogado, Tamir Blank.

As informações contra o ativista, concedidas pelas autoridades à corte israelense, permanecem em sigilo e não podem ser, deste modo, contestadas.

Seu advogado e observadores da Anistia e de missões diplomáticas foram obrigados a deixar o tribunal quando a promotoria apresentou as supostas evidências confidenciais ao juiz.

Nesta conjuntura, Abu Zeyad sequer tem o direito de recorrer contra a decisão.

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