Portuguese / English

Middle East Near You

Enviado britânico no Iêmen enaltece Acordo de Riad como essencial ao fim da crise

Michael Aron, embaixador britânico no Iêmen, em 24 de maio de 2012 [Ali Al-Saadi/AFP/Getty Images]
Michael Aron, embaixador britânico no Iêmen, em 24 de maio de 2012 [Ali Al-Saadi/AFP/Getty Images]

O embaixador do Reino Unido no Iêmen, Michael Aron, argumentou na última terça-feira (16) que a implementação do chamado Acordo de Riad é fundamental para encerrar a crise vigente no país árabe assolado pela guerra.

No Twitter, escreveu Aron: “Solidarizo com os iemenitas que sofrem com a falta de renda e serviços … implementar o Acordo de Riad é a solução”.

Embaixador britânico no Iêmen enaltece Acordo de Riad como essencial ao fim da crise

“O governo precisa de recursos para executar reformas e melhorar as condições de vida”, declarou o diplomata. “Autoridades políticas devem agir com responsabilidade; manifestantes, com moderação; e forças de segurança, com disciplina”.

Os comentários de Aron servem também de resposta a um recente atentado contra um centro de refugiados em Sanaa, capital do Iêmen. “[Estou] chocado com o incêndio contra um centro de imigrantes administrado pelos houthis, em Sanaa”, tuitou o oficial britânico.

Então, reivindicou uma “investigação independente, transparente e confiável” sobre o ataque.

“Nossos renovados esforços diplomáticos para solucionar o conflito, com apoio do enviado especial da ONU, Arábia Saudita, Omã e comunidade internacional, oferecem a maior esperança para o fim da guerra”, alegou o diplomata.

Michael Aron reivindica um cessar fogo nacional para solucionar a crise no Iêmen

Aron também exortou o grupo rebelde houthi a “aproveitar a oportunidade de alcançar a paz e o fim da escalada em curso”. Prosseguiu: “Reafirmamos nosso forte apoio a uma solução rápida, capaz de trazer estabilidade à região e benefício imediato ao povo do Iêmen”.

O Iêmen, país mais pobre do Oriente Médio, é assolado por violência e caos desde 2014, quando houthis tomaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa.

LEIA: Segundo oficial houthi, CIA pediu a Saleh, do Iêmen, que libertasse membro da Al-Qaeda

A crise escalou em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita decidiu intervir, ao lançar uma devastadora campanha aérea para reverter os ganhos territoriais do movimento houthi. O conflito é visto como guerra por procuração entre Riad e Teerã.

Estados Unidos e Reino Unido apoiam efetivamente a coalizão saudita.

A guerra já matou mais de cem mil pessoas e levou milhões à margem da fome, segundo dados oficiais da ONU.

Categorias
Arábia SauditaEuropa & RússiaIêmenNotíciaOriente MédioReino Unido
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments