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Os EUA estão engajados em diplomacia indireta com o Irã, diz conselheiro da Casa Branca

O nomeado conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, representa o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, durante um evento de anúncio do gabinete em Wilmington, Delaware, em 24 de novembro de 2020. [Chandan Khanna/AFP via Getty Images]
O nomeado conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, representa o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, durante um evento de anúncio do gabinete em Wilmington, Delaware, em 24 de novembro de 2020. [Chandan Khanna/AFP via Getty Images]

Os Estados Unidos e o Irã começaram a diplomacia indireta com europeus e outros, transmitindo mensagens sobre como eles podem retomar o cumprimento do acordo nuclear com o Irã de 2015, disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, na sexta-feira, informou a Reuters.

“A diplomacia com o Irã está em andamento, mas não de forma direta no momento”, disse ele a repórteres.

“Há comunicações por meio dos europeus e de outros que nos permitem explicar aos iranianos qual é nossa posição com respeito à abordagem de conformidade para conformidade e ouvir qual é a posição deles”, acrescentou Sullivan.

O novo governo do presidente dos EUA, Joe Biden, rejeitou dar incentivos unilaterais a Teerã para iniciar as negociações, mas ofereceu a possibilidade de ambos os lados tomarem medidas recíprocas para retomar a implementação do acordo, uma abordagem que Washington chama de “conformidade para conformidade”.

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“Estamos aguardando neste momento para ouvir mais dos iranianos como eles gostariam de proceder”, disse Sullivan. “Isso não será fácil, mas acreditamos que estamos em um processo diplomático agora que podemos seguir em frente e, em última instância, garantir nosso objetivo, que é impedir o Irã de obter uma arma nuclear e fazê-lo por meio da diplomacia.”

Os Estados Unidos disseram, em 18 de fevereiro, que estavam prontos para conversar com o Irã sobre a retomada do cumprimento do pacto que visava impedir que Teerã adquirisse armas nucleares, buscando reativar um acordo que o próprio Washington abandonou em 2018.

O Irã começou a violar o acordo em 2019, cerca de um ano depois que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, se retirou e voltou a impor sanções econômicas. Teerã acelerou suas violações nos últimos meses.

Cada lado insistiu que o outro vá primeiro ao retornar ao acordo, com Teerã exigindo que Washington remova suas sanções econômicas e os Estados Unidos exigindo que o Irã restabeleça as limitações de seu programa nuclear.

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