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Sudão é dono do terreno onde a Etiópia construiu barragem, afirma ex-negociador

Uma visão geral do rio Nilo Azul enquanto ele passa pela Grande Barragem do Renascimento Etíope (GERD), perto de Guba, na Etiópia, em 26 de dezembro de 2019 [Eduardo Soteras/ AFP via Getty Images]
Uma visão geral do rio Nilo Azul enquanto ele passa pela Grande Barragem do Renascimento Etíope (GERD), perto de Guba, na Etiópia, em 26 de dezembro de 2019 [Eduardo Soteras/ AFP via Getty Images]

Um ex-membro da equipe de negociação do Sudão que trabalhou com a Etiópia em questões relacionadas à polêmica Grande Barragem da Renascença Etíope (GERD) no rio Nilo, ergueu a sobrancelha ao afirmar que o Sudão é dono das terras nas quais a barragem foi construída.

Ahmed Al-Mufti disse ao canal de satélite saudita Alarabiya na noite de sábado que seu país cedeu o terreno à Etiópia em 1902 com a condição de que Adis Abeba não estabeleceria nenhuma infraestrutura de água sem a aprovação de Cartum. Em sua entrevista no programa Al Boud Al Akhar (A Outra Dimensão), Al-Mufti acrescentou que o Sudão pode pedir que a terra seja devolvida à soberania sudanesa.

Ele pediu ao Conselho de Segurança da ONU que intervenha para impedir a Etiópia de encher o segundo reservatório da barragem em julho. O ex-negociador também alertou que mais de 20 milhões de sudaneses estão em perigo por causa do DRGE.

A Etiópia fica a montante do Sudão, no Nilo. Afirma que o GERD é importante para o desenvolvimento do país, mas os dois países a jusante do rio, Sudão e Egito, afirmam que representa uma grande ameaça porque reduzirá suas cotas históricas de água do rio de que tanto dependem.

LEIA: Delegação dos Emirados intervém para reativar negociações da Barragem Renascença

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