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Somália tem confrontos armados durante manifestação de candidatos presidenciais de oposição

O recém-nomeado Mohamed Hussein Roble (2º esq.) endossado por todos os 215 membros do parlamento durante uma sessão de voto de confiança com a presença do presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmaajo (não visto), na capital Mogadíscio, Somália, em 23 de setembro de 2020. [Sadak Mohamed/Anadolu Agency]
O recém-nomeado Mohamed Hussein Roble (2º esq.) endossado por todos os 215 membros do parlamento durante uma sessão de voto de confiança com a presença do presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmaajo (não visto), na capital Mogadíscio, Somália, em 23 de setembro de 2020. [Sadak Mohamed/Anadolu Agency]

Tiros de artilharia e morteiros atingiram a capital somali de Mogadíscio na sexta-feira em meio a um bloqueio do governo, enquanto os candidatos presidenciais da oposição organizavam uma manifestação para forçar o presidente Mohamed Farmaajo a convocar eleições, informou a Anadolu.

Farmaajo, cujo mandato terminou em 8 de fevereiro e busca outro mandato de quatro anos, não conseguiu chegar a um acordo com cinco estados federais sobre o processo eleitoral.

A Anadolu informou que várias pessoas foram mortas e feridas no tiroteio entre as forças do governo e guardas de segurança de líderes da oposição perto do palácio presidencial.

As forças do governo também dispersaram manifestantes liderados por candidatos presidenciais da oposição – incluindo o ex-primeiro-ministro Hassan Ali Khaire.

O primeiro-ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble, condenou os confrontos e advertiu que seu governo não toleraria protestos armados que visam interromper o desenvolvimento econômico de seu governo.

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“Não sou candidato nas próximas pesquisas, mas é meu dever assegurar que eleições livres e justas ocorram em tempo hábil”, disse Roble em um comunicado divulgado em Mogadíscio.

“Lamento muito o que aconteceu ontem à noite e esta manhã (quinta à noite e sexta de manhã) em Mogadíscio. Fizemos o possível para evitar isso”, acrescentou.

Enquanto isso, a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na Somália afirmou estar “profundamente preocupada” com os confrontos na capital.

“O @UN em #Somalia observa que os confrontos em #Mogadíscio ressaltam a necessidade urgente de os líderes do governo federal e dos Estados membros federais se unirem para chegar a um acordo político sobre a implementação do modelo eleitoral de 17 de setembro”, afirmou a Missão de Assistência da ONU em Somália (UNSOM) postou no Twitter.

A Anadolu relatou que funcionários da imigração explicaram que um projétil de morteiro disparado durante os confrontos pousou no Aeroporto Internacional de Aden Adde.

A mídia local revelou que um hotel dentro do aeroporto foi destruído e pelo menos três pessoas ficaram feridas. Vários voos também sofreram atrasos após o incidente.

As forças de segurança fecharam estradas principais, incluindo a rua Maka Al-Mukarama, a mais movimentada de Mogadíscio, evitando que os manifestantes chegassem ao local planejado de Daljirka Dahsoon, um memorial do soldado desconhecido.

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