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França investiga rede de tráfico de drogas ao Egito

Placa na entrada da sede do Fundo Nacional de Previdência e Saúde da França, em 25 de agosto de 2016 [Bertrand Guay/AFP via Getty Images]
Placa na entrada da sede do Fundo Nacional de Previdência e Saúde da França, em 25 de agosto de 2016 [Bertrand Guay/AFP via Getty Images]

A Gendarmaria Nacional da França anunciou na terça-feira (16) investigações sobre uma rede criminosa de compra e tráfico de medicamentos de alto custo com receitas forjadas, para obtê-las a baixo preço conforme subsídios do Fundo Nacional de Previdência e Saúde.

As drogas em questão são então contrabandeadas ao Egito e revendidas com lucro considerável.

O coronel Ludovic Learhart afirmou à Agence France-Presse que as investigações sobre o caso tiveram início há pouco mais de um ano e levaram à prisão de quinze pessoas, a maioria na França, além de um indivíduo na Itália.

A operação também confiscou medicamentos estimados em mais de €400,000, além da apreensão de dezenas de milhares de euros em dinheiro vivo.

Quanto às perdas impostas ao Fundo Nacional de Previdência e Saúde, Learhart relatou que a matéria ainda está sob análise. Contudo, o prejuízo é estimado, até então, em centenas de milhares de euros em recursos públicos.

O coronel detalhou que a rede costumava comercializar drogas caras contra câncer e doenças hepáticas, com preços entre €2,000 a €14,000 por pacote.

A apuração sobre o caso começou no fim de 2019, quando investigadores observaram que a rede de tráfico era “bastante organizada e hierárquica”.

Segundo Learhart, o primeiro passo do esquema é recrutar pessoas com cobertura de saúde completa, através das redes sociais. Uma vez filiados à rede, tais “coletores” são  munidos de receitas falsas para obter as drogas a custos populares nas farmácias francesas.

Em seguida, os “coletores” entregam os bens a uma equipe de “receptores”, que transportam o medicamento a várias regiões de Paris, de onde “exportadores” contrabandeiam o produto ilegal ao Egito.

As investigações continuam em cooperação com o gabinete da Polícia Europeia (Europol).

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