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Delegação de separatistas do Iêmen viaja à Rússia

Combatente leal ao Conselho de Transição do Sul (CTS), grupo separatista do Iêmen, maneja um canhão instalado em uma picape, durante confrontos com forças pró-governo pelo controle de Zinjibar, capital da província meridional de Abyan, em 15 de maio de 2020 [Nabil Hasan/AFP/Getty Images]
Combatente leal ao Conselho de Transição do Sul (CTS), grupo separatista do Iêmen, maneja um canhão instalado em uma picape, durante confrontos com forças pró-governo pelo controle de Zinjibar, capital da província meridional de Abyan, em 15 de maio de 2020 [Nabil Hasan/AFP/Getty Images]

Uma delegação de alto escalão do Conselho de Transição do Sul (CTS), grupo separatista do Iêmen, embarcou em um voo para Moscou neste domingo (31), para reunir-se com oficiais russos, segundo informações da agência Anadolu.

A delegação, liderada por Aidarus al-Zubaidi, presidente do CTS, debaterá uma série de assuntos com oficiais do governo e parlamentares russos, anunciou o grupo iemenita em comunicado, contudo, sem conceder detalhes.

O Conselho de Transição do Sul tem apoio dos Emirados Árabes Unidos, mas alegou que a visita foi iniciativa do governo da Rússia.

Formado em 2017, o grupo separatista controla grandes áreas no sul do Iêmen, incluindo a capital temporária Aden e a província de Socotra.

Em 18 de dezembro, a presidência iemenita reconhecida internacionalmente, com apoio saudita, anunciou a formação de um novo governo para o país assolado pela guerra, com a inclusão de ministros indicados pelo CTS.

LEIA: Irã fornece armas aos houthis no Iêmen, denuncia ONU

O novo governo foi instituído com base no chamado Acordo de Riad, assinado entre o presidente iemenita no exílio, Abd Rabbuh Mansour Hadi, e representantes do movimento separatista, a fim de suspender confrontos armados entre as partes.

O Iêmen decaiu à guerra civil em 2014, quando rebeldes houthis, ligados ao Irã, tomaram grande parte das províncias no norte do país, incluindo a capital Sanaa.

Um ano depois, Arábia Saudita e aliados sunitas lançaram uma massiva campanha de ataques aéreos para reverter os ganhos militares do grupo houthi.

Segundo o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), até então, o conflito no Iêmen resultou em 233 mil mortes, além de milhões de famílias à margem da fome.

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