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Políticos dos EUA criticam Israel por impedir vacinação aos palestinos

Postagem compartilhada no Instagram pelo Instituto de Compreensão sobre o Oriente Médio, com os congressistas democratas Jamaal Bowman, Joaquin Castro, Rashida Tlaib e Marie Newman [IMEU/Instagram]
Postagem compartilhada no Instagram pelo Instituto de Compreensão sobre o Oriente Médio, com os congressistas democratas Jamaal Bowman, Joaquin Castro, Rashida Tlaib e Marie Newman [IMEU/Instagram]

Políticos democratas nos Estados Unidos criticaram veementemente Israel por impedir os palestinos de obterem acesso à vacina contra o coronavírus.

Em postagem no Instagram compartilhada pelo Instituto de Compreensão sobre o Oriente Médio (IMEU), legisladores americanos condenaram Israel por negligenciar a vacinação aos palestinos, diante da pandemia de covid-19.

O recém-eleito congressista democrata Jamaal Bowman afirmou: “[Primeiro-Ministro de Israel] Netanyahu deve garantir que tanto israelenses quanto palestinos tenham acesso à vacina contra o covid. Esta crueldade é mais outra lembrança de porque a ocupação deve acabar”.

O congressista Joaquin Castro destacou: “Estou muito desapontado pela exclusão dos palestinos sob ocupação nestes esforços de vacinação, apesar de Israel disponibilizar vacinas contra o covid a colonos israelenses na Cisjordânia”.

LEIA: Israel será responsável por mais mortes palestinas se retiver a vacina de covid-19

As críticas contrapõe a propaganda do estado sionista, que alega promover a mais rápida campanha de vacinação do mundo.

Com importações regulares da farmacêutica britânica Pfizer, Israel administrou ao menos uma dose em mais de 25% de sua população de nove milhões de pessoas, desde o início da campanha, em 19 de dezembro, segundo o Ministério da Saúde.

Embora cidadãos israelenses, incluindo residentes dos assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, sejam vacinados sem percalços, os nativos palestinos são negligenciados, a despeito das obrigações de Israel como potência ocupante, conforme a lei internacional.

Democratas criticam apartheid da vacina em Israel

A congressista palestino-americana Rashida Tlaib denunciou Israel como estado racista. Declarou:

Israel é um estado racista e, ao negar que palestinos como minha avó tenham acesso à vacina, demonstra não considerá-la um ser humano com direitos iguais, que merece viver.

O Ministro da Saúde de Israel Yuli Edelstein alegou que, apesar de interessar a Tel Aviv vacinar os palestinos, Israel não possui a obrigação de fazê-lo.

Na segunda-feira (25), em entrevista ao programa de televisão britânico Andrew Marr Show, declarou o ministro: “Quanto à vacinação, penso que a obrigação e prioridade de Israel é com seus cidadãos. Eles pagam impostos, não pagam?”

Prosseguiu: “Dito isso, recordo que é de nosso interesse – não é nossa obrigação legal, mas nosso interesse – garantir a vacinação aos palestinos, para impedir a propagação do covid-19”.

As declarações de Edelstein contradizem a lei internacional e a Convenção de Genebra.

A congressista americana Marie Newman comentou a questão: “O vírus não vê nacionalidade, fronteiras, religião. Seu impacto devastador está em todo lugar. O governo de Netanyahu tem a obrigação moral e humanitária de garantir que palestinos e israelenses sejam vacinados”.

Israel coleta impostos em nome da Autoridade Palestina e frequentemente retém os recursos que seriam destinados a serviços públicos para o povo palestino.

A política israelense sobre a vacinação contra o coronavírus é descrita internacionalmente como “apartheid de saúde”.

LEIA: ‘Apartheid médico’ é praticado por Israel ao negar vacinas a palestinos, acusa campanha global

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