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Apoio a Assad deixou 500 mil mortos na Síria, afirma filha de ex-presidente do Irã

Faezeh Hashemi Rafsanjani, filha do falecido presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjami, em Teerã, Irã, 18 de junho de 2018 [Kaveh Kazemi/Getty Images]
Faezeh Hashemi Rafsanjani, filha do falecido presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjami, em Teerã, Irã, 18 de junho de 2018 [Kaveh Kazemi/Getty Images]

Faezeh Hashemi Rafsanjani, filha do falecido presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjami, criticou seu país pela intervenção na Síria, em recente entrevista à rede Ensaf News, ao afirmar que a assistência de Teerã ao regime sírio de Bashar al-Assad levou a 500.000 mortos.

Faezeh explicou que seu pai, que governou o Irã entre 1989 e 1997, opôs-se à intervenção na Síria e informou Qasem Soleimani, então comandante das forças al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, de suas objeções.

“Soleimani consultou meu pai antes de viajar à Síria e meu pai lhe disse para não ir”, relatou Faezeh. “No aniversário da morte de Soleimani, não ouvimos ninguém falar do que ele fez. Meu pai previu o que aconteceria ao dizê-lo para não ir e estava certo”.

“Como resultado de nossa ajuda a Bashar al-Assad, testemunhamos a morte de ao menos 500.000 pessoas, seja por armas químicas ou outras. Isto é errado”, prosseguiu Faezeh, ao criticar também outras políticas de Teerã na região.

Segundo a filha do falecido presidente – que chegou a sofrer ostracismo político por apoiar a oposição ao regime –, as políticas em curso efetivamente causaram a perda de aliados a Teerã e transformaram antigos apoiadores em críticos e críticos em oponentes.

LEIA: Assad busca legitimidade nas urnas, mas a Síria aguarda outros fatores

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