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Israel espera ‘deflagração majoritária’ com o Hezbollah, segundo reportagem

Veículo militar das tropas de paz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) monta guarda à espera de uma delegação israelo-libanesa, na região de fronteira de Naqoura, em 14 de outubro de 2020 [Ali Abdo/Agência Anadolu]
Veículo militar das tropas de paz da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) monta guarda à espera de uma delegação israelo-libanesa, na região de fronteira de Naqoura, em 14 de outubro de 2020 [Ali Abdo/Agência Anadolu]

Israel espera a “retomada de hostilidades em larga escala” com o grupo paramilitar xiita Hezbollah, influente na vida política do Líbano, no futuro próximo, declarou um oficial militar anônimo ao jornal Israel Hayom.

A fonte, um oficial de alto escalão do Comando do Norte, alegou ao periódico israelense: “Há uma alta probabilidade de que hostilidades se materializem e todos temos de nos preparar adequadamente. As chances de uma escalada súbita aumentam firmemente”.

O militar também afirmou que hostilidades iminentes poderiam “eclipsar os eventos nas Fazendas de Shebaa e resultar em fatalidades”, em referência a uma troca de tiros na região disputada de fronteira, ocupada por Israel, em julho último.

Na ocasião, um porta-voz do exército israelense reportou que tropas da ocupação “frustraram uma tentativa de infiltração por um esquadrão terrorista do Hezbollah”. O grupo paramilitar, que recebe apoio do Irã, negou as acusações de envolvimento no tiroteio em questão.

Segundo o Israel Hayom, o oficial do Comando do Norte argumentou ainda que a recente escalada nas tensões regionais pode ser rastreada às táticas agressivas empregadas pelo movimento Hezbollah, desde setembro de 2019.

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Outra fonte não-identificada destacou a mesma data como início do aumento nos confrontos, quando o Hezbollah disparou diversos foguetes antitanques contra o norte do território mantido por Israel, em retaliação a um ataque a drone em Beirute, capital do Líbano.

Porém, os atritos na fronteira israelo-libanesa, patrulhada pela missão de paz conhecida como Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), mantêm-se consistentemente altos, devido a agressões frequentes de Israel e tensas deflagrações, como resposta.

Mais recentemente, em 2020, soldados israelenses dispararam mísseis ao longo da fronteira após uma galinha escapar de seu dono de nove anos de idade e correr em direção aos limites territoriais demarcados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em novembro, o exército israelense alegou ter abatido um drone do Hezbollah, após este atravessar o espaço aéreo do estado sionista. Sobre o incidente, comentou o oficial israelense anônimo: “Os eventos continuam, mantemos nosso alto estado de alerta desde então”.

A fonte militar acrescentou ainda que Israel está “ciente dos esforços do Hezbollah para surpreendê-lo” e alertou que qualquer ataque do grupo libanês “encontrará um forte adversário”, caso execute os supostos planos, no futuro próximo.

“Podemos identificar qualquer um que trespasse nossa fronteira. Qualquer violação de nossa soberania será tratada de acordo e estamos prontos para qualquer evento”, concluiu o militar.

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