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Irã exorta Trump a não cair na ‘armadilha’ israelense para incitar uma guerra

Ministro de Relações Exteriores do Irã Mohammad Javad Zarif, em Moscou, Rússia, 24 de setembro de 2020 [Ministério de Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu]
Ministro de Relações Exteriores do Irã Mohammad Javad Zarif, em Moscou, Rússia, 24 de setembro de 2020 [Ministério de Relações Exteriores da Rússia/Agência Anadolu]

Neste sábado (2), o Ministro de Relações Exteriores do Irã Mohammad Javad Zarif exortou o atual Presidente dos Estados Unidos Donald Trump a não cair na “armadilha” de um suposto plano israelense para incitar uma guerra via ataques contra tropas americanas no Iraque.

As informações são da agência Reuters.

O alerta de Zarif foi emitido no primeiro aniversário do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, em 3 de janeiro de 2020, por um ataque a drone contra seu comboio, ordenado por Trump, próximo ao aeroporto de Bagdá.

Recentemente, Washington reiterou suas acusações contra forças paramilitares ligadas ao Irã, por disparar regularmente foguetes contra instalações americanas no Iraque, incluindo os arredores da embaixada fortificada, na capital Bagdá.

Nenhum grupo, porém, assumiu responsabilidade.

 

‘Informações do Iraque indicam que provocadores israelenses conspiram contra os americanos’, alega o chanceler iraniano

“Novas informações do Iraque indicam que provocadores israelenses conspiram contra os americanos – empurrando Trump, agora de partida, a uma tentativa de impor uma causa bélica falaciosa”, declarou Zarif, em sua página do Twitter.

LEIA: Irã ameaça vingar a morte de Soleimani ‘na própria casa dos ​​EUA’

“Cuidado com a armadilha, Donald Trump. Quaisquer fogos de artifício sairão rapidamente pela culatra, sobretudo contra seus melhores amigos”, concluiu o chanceler, em referência a Israel.

Os Estados Unidos não responderam imediatamente à declaração de Zarif. O gabinete do Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e seu Ministério de Relações Exteriores recusaram comentar sobre a suposta conspiração israelense.

Esmail Ghaani, que sucedeu Soleimani como comandante máximo das Forças al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, declarou na sexta-feira (1°) que o Irã está pronto para retaliar a morte do aclamado general.

Na última quarta-feira (30), o Exército dos Estados Unidos coordenou o voo de dois aviões bombardeiros B-52, com capacidade nuclear, ao Oriente Médio, a fim de emitir uma forte mensagem de dissuasão a Teerã. As aeronaves, contudo, já deixaram a região.

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