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Parlamentares europeus propõem fim do comércio com assentamentos ilegais

Turista fotografa um sinal por boicote a produtos fabricados nos assentamentos ilegais israelenses, em um muro de Belém, Cisjordânia ocupada, 5 de junho de 2015 [Thomas Coex/AFP/Getty Images]
Turista fotografa um sinal por boicote a produtos fabricados nos assentamentos ilegais israelenses, em um muro de Belém, Cisjordânia ocupada, 5 de junho de 2015 [Thomas Coex/AFP/Getty Images]

Uma carta assinada por 40 membros do Parlamento Europeu reivindicou aos países da União Europeia que impeçam a entrada de produtos oriundos de assentamentos ilegais israelenses, instalados na Cisjordânia ocupada.

O parlamentar Billy Kelleher compartilhou a carta no Twitter, com a legenda: “A União Europeia deve utilizar seu poder econômico para garantir a aderência à lei internacional”.

A carta é endereçada a Valdis Dombrovskis, comissário de comércio do bloco europeu.

“Escrevemos ao senhor para tratar da questão de produtos importados e comercializados com a União Europeia provenientes de assentamentos ilegais, situados em territórios considerados ocupados por estados alheios”.

“Nós, um grupo de parlamentares representando a maioria dos grupos políticos do Parlamento Europeu, acreditamos que o comércio e suporte econômico a assentamentos ilegais em territórios ocupados, segundo a lei internacional, devem ser banidos pela União”, propuseram os signatários.

Continuou a carta:

Os assentamentos ilegais não devem receber apoio econômico, caso a União Europeia queira manter-se fiel a seus valores em respeito aos direitos humanos, à lei internacional e, sobretudo, à proteção dos mais vulneráveis em nossa sociedade.

“O Parlamento Europeu, o Alto-Representante de Relações Internacionais e muitos governos membros do bloco corretamente criticaram as ações de diversos estados estrangeiros que ocupam territórios adjacentes ilegalmente”, reiterou o documento.

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Os parlamentares europeus exortaram então o uso de “influência” e “poder de persuasão” como bloco econômico para impor pressão aos estados ocupantes, caso não devolvam os territórios mantidos ilegalmente, conforme a lei internacional.

Ao destacar a importância de passos adiante, concluiu a carta: “Alguns estados-membros – por exemplo, Irlanda – buscaram suas próprias soluções, mas acreditamos que a União deve agir como um todo para expressar solidariedade aos territórios ocupados e aplicar nossa influência como bloco de comércio global”.

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