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Haniyeh usa aniversário do Hamas para reiterar posição de resistência

Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, em Moscou, Rússia, 4 de março de 2020 [Sefa Karacan/Agência Anadolu]
Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas, em Moscou, Rússia, 4 de março de 2020 [Sefa Karacan/Agência Anadolu]

Ismail Haniyeh, chefe do Gabinete Político do Hamas, afirmou na noite deste domingo (13) que o movimento reabilitou a alternativa de resistência em todas as suas formas e deixou sua marca na luta do povo palestino.

Os comentários foram feitos durante discurso televisionado para celebrar o 33° aniversário de fundação do movimento islâmico palestino.

“O Hamas ajudou a tornar a resistência uma alternativa estratégica, ao convencer nosso povo e a Ummah [comunidade islâmica global] de que se trata de uma opção frutífera”, declarou.

Haniyeh destacou ainda que o Hamas e outras facções palestinas mantiveram o compromisso com os termos permanentes da causa palestina. “O Hamas está comprometido a esta alternativa e estratégia”, prosseguiu.

O aniversário deste ano ocorre e meio a graves acontecimentos e variáveis históricas, que afetaram a causa palestina e, de fato, todo o mundo árabe e islâmico, reiterou o ex-premiê eleito democraticamente.

O político palestino então exortou a comunidade árabe a analisar profundamente os recentes eventos regionais, a fim de enfrentar a ocupação israelense.

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Haniyeh insistiu que o Hamas, desde sua fundação, manteve a defesa da união e parceria entre os grupos palestinos, em apelo pelo fim da divisão e reestruturação dos órgãos nacionais, incluindo a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e instituições políticas, em âmbito doméstico e no exterior.

O líder do Hamas lamentou a decisão da Autoridade Palestina de restaurar laços com Israel, ao descrever a medida como obstáculo majoritário às conversas por reconciliação. Haniyeh reiterou que seu movimento fez todas as concessões necessárias com este objetivo.

“Hoje, enfrentamos graves planos que pretendem liquidar a causa palestina, seja através do ‘acordo do século’, anexação ou normalização”, acrescentou.

Haniyeh denunciou a normalização entre alguns estados árabes e a ocupação como crime que abre caminho para novas violações israelenses contra árabes e muçulmanos, a fim de asseverar o domínio sionista sobre a região.

“Os desafios são enormes e os perigos são reais. Contudo, permanecemos confiantes de que a ocupação está fadada a seu fim e que o povo palestino poderá estabelecer sua plena soberania e um estado independente sobre todo o seu território”.

Em seu discurso, Haniyeh comentou ainda sobre a questão dos presos palestinos mantidos nas cadeias de Israel, ao expressar confiança sobre um futuro acordo de troca de prisioneiros. O Hamas e outros grupos, afirmou, não poupam esforços para libertá-los.

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