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Catar condena discurso de ódio sistemático com base em crença, raça ou religião

O presidente francês Emmanuel Macron (esq) dá as boas-vindas ao Emir do Qatar Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani (dir), em Paris, França, em 19 de setembro de 2019 [Chesnot / Getty Images]
O presidente francês Emmanuel Macron (esq) dá as boas-vindas ao Emir do Qatar Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani (dir), em Paris, França, em 19 de setembro de 2019 [Chesnot / Getty Images]

O Ministério das Relações Exteriores do Catar condenou ontem a escalada da retórica populista que incita contra as religiões e afirmou sua rejeição absoluta a todas as formas de discurso de ódio com base na crença, raça ou religião, incluindo a ofensa deliberada do profeta Maomé.

“Este discurso inflamado mostrou uma virada perigosa com os crescentes apelos institucionais e sistemáticos que tornam alvo os quase dois bilhões de muçulmanos em todo o mundo por meio da ofensa deliberada do nobre profeta Maomé, que a paz esteja com ele”, disse o ministério em um comunicado .

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Advertiu contra ofender deliberadamente o profeta, o que resultou em “um aumento das ondas de hostilidade contra os muçulmanos, que constituem um componente-chave da sociedade em diferentes países do mundo”.

O Catar exortou a comunidade internacional a assumir as suas responsabilidades, rejeitando o discurso de ódio e a incitação, salientando que continuará a apoiar os valores da tolerância e da coexistência e a trabalhar para o estabelecimento dos princípios da paz e segurança internacionais.

Na semana passada, o presidente francês Emmanuel Macron defendeu publicamente caricaturas que são considerada blasfemias contra o profeta Maomé pelos mulçulmanos.

Macron fez o comentário durante uma homenagem ao professor de ensino médio Samuel Paty, que foi decapitado no início deste mês por um extremista, por ter  mostrado charges com a figura do profeta durante uma aula de educação cívica.

Macron disse que a França não “desistirá” das charges e se comprometeu a combater o extremismo islâmico no país.

O discurso do presidente, por outro lado, levou a um aumento nos ataques islamofóbicos na França, também aumentou os apelos aos muçulmanos para boicotar produtos franceses.

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