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Turquia envia combatentes sírios para ajudar aliado Azerbaijão

Combatentes das Forças Democráticas da Síria (FDS) em 25 de fevereiro de 2019 [Delil Souleiman/AFP/Getty Images]
Combatentes das Forças Democráticas da Síria (FDS) em 25 de fevereiro de 2019 [Delil Souleiman/AFP/Getty Images]

A Turquia está enviando combatentes da oposição síria em apoio ao Azerbaijão, diante de escalada no conflito com a Armênia, país vizinho na região do Cáucaso, relataram dois rebeldes sírios. Ancara promete intensificar apoio a seu aliado de maioria islâmica.

Os soldados sírios solicitaram anonimato, devido à gravidade dos fatos, segundo a agência Reuters.

Os confrontos sobre o território de Nagorno-Karabakh são os mais graves desde 2016, com relatos de dezenas de mortes e centenas de feridos.

O embaixador da Armênia em Moscou afirmou nesta segunda-feira (28) que a Turquia enviou cerca de 4.000 combatentes do norte da Síria para lutar no território em disputa. O Presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev negou as alegações.

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A Armênia também afirmou que especialistas militares turcos estão concedendo apoio em campo a tropas azerbaijanas em Nagorno-Karabakh, região separatista montanhosa, pertencente ao Azerbaijão, mas administrada por grupos étnicos armênios.

O país europeu aponta também para a presença de drones e aviões de guerra turcos.

O Azerbaijão negou os relatos. A Turquia recusou-se a comentar imediatamente sobre o caso. Entretanto, oficiais de alto escalão, incluindo o Presidente Recep Tayyip Erdogan prometeram apoio a Baku. Ancara mantém uma política de expansão de influência militar no exterior,

“Não quero ir, mas não tenho dinheiro. A vida é muito difícil”, afirmou um dos combatentes que reportaram o envio de tropas ao Azerbaijão. Ambos lutaram na Síria pelo Ahrar al-Sham, grupo de oposição com apoio da Turquia.

Os dois soldados afirmaram que comandantes sírios prometeram salários em torno de US$1.500 por mês – valor altíssimo para a Síria, cuja economia e moeda estão em colapso.

Uma das fontes reportou ainda ter obtido indicação de um oficial do Exército Nacional da Síria (ENS), força ampla da oposição síria, também com apoio turco, em Afrin, região do noroeste sírio tomada pela Turquia e aliados há dois anos.

O ENS não respondeu imediatamente para comentar o assunto.

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