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Chanceler do Iraque visita o Irã após ameaça dos EUA de fechar embaixada

Ministro de Relações Exteriores do Iraque Fuad Hussein, em coletiva de imprensa, em Bruxelas, Bélgica, 17 de setembro de 2020 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]
Ministro de Relações Exteriores do Iraque Fuad Hussein, em coletiva de imprensa, em Bruxelas, Bélgica, 17 de setembro de 2020 [Dursun Aydemir/Agência Anadolu]

O Ministro de Relações Exteriores do Iraque Fuad Hussein chegou a Teerã na manhã deste sábado (26), para uma visita de dois dias, logo após o alerta dos Estados Unidos de que poderá fechar sua embaixada em Bagdá devido a ameaças de segurança, incluindo por milícias ligadas ao Irã.

As informações são da agência Anadolu.

Fuad Hussein e o chanceler iraniano Javad Zarif discutiram relações bilaterais, como implementação de acordos estabelecidos durante a visita do premiê iraquiano Mostafa al-Kazimi a Teerã, em julho último.

Segundo fontes diplomáticas, os recentes acontecimentos regionais abundaram na conversa entre as partes, incluindo a situação de segurança no Iraque e uma série de ataques contra forças dos Estados Unidos na região.

A visita ocorre logo após os Estados Unidos ameaçarem fechar sua embaixada na capital iraquiana, caso o governo do país não assuma ações contundentes contra milícias que atacam forças americanas no território árabe.

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Segundo a imprensa iraquiana, o Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo enviou uma carta de alerta ao Presidente do Iraque Barham Salih, contendo ameaças de retirar sua missão diplomática de Bagdá.

A carta advertiu ainda que os Estados Unidos “liquidarão” todos os responsáveis por agredir interesses americanos no Iraque, em particular, milícias como o Kataib Hezbollah e o Asaib Ahl al-Haq, ambas ligadas ao Irã.

Além disso, conforme os relatos, os Estados Unidos ameaçaram também reter ajuda financeira ao Iraque emitida via Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), além de impor sanções, caso a embaixada seja forçada a fechar as portas.

Surpreso pela mensagem americana, fontes alegaram que Hussein decidiu viajar a Teerã para solicitar do governo iraniano que utilize sua influência sobre os grupos em questão para impedir novos ataques contra forças dos Estados Unidos.

A visita de Hussein a Teerã sucede ainda um encontro convocado por Salih com líderes de diversas facções políticas, para advertí-los sobre a carta de Pompeo.

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