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Corte búlgara condena dois libaneses por ataque a ônibus turístico israelense

Parentes velam o caixão de um dos cinco israelenses mortos durante atentado terrorista contra um ônibus turístico em Burgas, Bulgária, durante cerimônia no Aeroporto Internacional de Ben-Gurion, perto de Tel Aviv, 20 de julho de 2012 [Uriel Sinai/Getty Images]
Parentes velam o caixão de um dos cinco israelenses mortos durante atentado terrorista contra um ônibus turístico em Burgas, Bulgária, durante cerimônia no Aeroporto Internacional de Ben-Gurion, perto de Tel Aviv, 20 de julho de 2012 [Uriel Sinai/Getty Images]

Uma corte búlgara condenou dois homens libaneses, em julgamento conduzido in absentia, a prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, por seu envolvimento em um ataque a bomba contra um ônibus turístico israelense, em 2012, reportou a rede AFP.

O libanês-australiano Meliad Farah (39) e o libanês-canadense Hassan el Hajj (32) foram julgados culpados hoje (21) como cúmplices do atentado a bomba.

Segundo indícios, a dupla entrou na Bulgária via fronteira com a Romênia, em junho de 2012, um mês antes do ataque, e deixou o país horas após a detonação da bomba.

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Não ficou claro como se deu exatamente o envolvimento dos réus no ataque. Contudo, revelou-se que ambos falsificaram cartas de motorista, com suposta origem nos Estados Unidos, em uma universidade libanesa, para viajarem à cena do crime.

O atentado, executado no Aeroporto de Burgas, Bulgária, em 18 de julho de 2012, foi considerado o mais letal contra civis israelenses desde 2004. Resultou em cinco mortos, incluindo uma mulher grávida, o motorista búlgaro e um terrorista franco-libanês. Outros 35 turistas ficaram feridos.

Autoridades da Bulgária e Israel alegam que o ataque ocorreu a mando do grupo libanês Hezbollah, ligado ao Irã. A organização xiita, porém, nega qualquer envolvimento. Entretanto, a falta de evidências imediatas não impediu a União Europeia de designar o braço armado do Hezbollah como grupo terrorista.

Não obstante, a juíza Adelina Ivanova, responsável pelo veredito de hoje, não fez qualquer menção ao Hezbollah como perpetrador, ao emitir a sentença, segundo informações da Reuters. Declarou apenas que evidências “demonstraram que os dois réus … possuíam ligações com o braço radical do grupo xiita”.

Ivanova reiterou que detalhes do processo, que poderá ser contestado com recurso dentro de quinze dias, serão publicados posteriormente.

A promotora Evgeniya Shtarkelova relatou a um pequeno grupo de repórteres presentes no julgamento: “A sentença reflete a punição que requisitamos e é adequada aos crimes cometidos. Se cumprida ou não, será resultado da busca dos foragidos, ainda em curso.”

A dupla foi indiciada em meados de 2016, após análise de DNA identificar o terrorista falecido como o cidadão franco-libanês Mohamad Hassan El-Husseini.

Farah e Hajj ainda são procurados conforme alerta vermelho da Interpol. O paradeiro dos réus é desconhecido à promotoria, destacou a AFP.

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