![Unidade de operações especiais da Marinha da Turquia, embarcam no navio TCG Gaziantep, durante exercício naval ‘Pátria Azul’, em Antália, Turquia, 28 de fevereiro de 2019 [Mustafa Çiftçi/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/09/20190228_2_35179302_42117494.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
As Forças Armadas da Turquia e da República Turca do Chipre do Norte (RTCN) deram início, neste domingo (6) a exercícios militares conjuntos no território norte-cipriota, segundo informações da agência Anadolu.
O Vice-Presidente da Turquia Fuat Oktay anunciou no Twitter que o exercício de cinco dias, intitulado “Tempestade Mediterrânea”, é uma demonstração da disposição turca contra qualquer adversário que tente confinar o país ao Golfo de Antália, ao negligenciar os direitos dos cidadãos turco-cipriotas.
“As prioridades de segurança de nosso país e do Chipre do Norte são indispensáveis, junto de soluções diplomáticas para o Mediterrâneo Oriental”, declarou Oktay, ao desejar sucesso a seus soldados.
Tensões escalaram nas últimas semanas na região do Mar Mediterrâneo Oriental, à medida que a Grécia contesta a exploração turca de energia e recursos naturais na região.
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A Turquia – país com maior faixa costeira do Mediterrâneo – enviou navios de perfuração para explorar recursos energéticos de sua plataforma continental, garantindo tratar-se de jurisdição nacional turca e turco-cipriota.
O governo turco opõe-se consistentemente aos esforços da Grécia para declarar a área como zona econômica exclusiva, com base em pequenas ilhas perto da costa turca, o que pode reduzir o território marítimo da Turquia apenas ao Golfo de Antália.
O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan afirmou que a única solução à disputa repousa em diálogo e negociação, a fim de chegar a um acordo de conquistas mútuas, para compartilhar os recursos do Mediterrâneo. Contudo, exigiu que Atenas respeite os direitos da Turquia.
A ilha do Chipre é dividida entre um governo turco-cipriota, no norte, e greco-cipriota, no sul, desde o golpe de estado de 1974, que pretendia anexar o território à Grécia. Posteriormente, a Turquia interveio no país, sob pretexto de encerrar anos de perseguição contra turco-cipriotas, executada sistematicamente por ultranacionalistas gregos.
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