Israel aprova megaprojeto de assentamentos ilegais

Assentamento israelense de Givat Zeev, perto da cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 19 de novembro de 2019 [Ahmad Gharabli/AFP/Getty Images]

Neste domingo (16), autoridades israelenses revelaram um enorme plano colonial, que deverá conectar grandes partes de blocos de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.

As informações são da rede Arab48.

A rede israelense Ynet News confirmou que um dos projetos em questão pretende conectar o bloco de assentamentos ilegais de Benyamin, perto da cidade palestina de Ramallah, com a cidade ocupada de Jerusalém.

O maior de tais projetos envolve pavimentar uma rodovia entre a Zona Industrial de Benyamin e a Zona Industrial de Atarot, norte de Jerusalém. A rodovia inclui um túnel de 600 metros que passará pelas cidades palestinas de Qaladia e al-Ram.

Segundo a rede israelense, o projeto foi esquematizado em coordenação com a Autoridade Palestina, de modo que os cidadãos palestinos da região poderão usá-lo.

Enquanto isso, autoridades da ocupação israelense também aprovaram um projeto relacionado à rodovia colonial Rota 60, utilizada por colonos ilegais dos assentamentos de Adam, Bsagot, Beit El e Ofra, para chegar diretamente a Jerusalém.

Nos últimos anos, o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu descreveu a área como quarto bloco de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, além de Ma’ale Adumim, Gosh Etzion e Ariel, previstos para anexação no início de julho, conforme plano por ora suspenso.

Autoridades israelenses ainda aprovaram a construção de outra rodovia entre o bloco de Benyamin e Jerusalém, que partirá do assentamento de Adam até o posto de controle militar de Hizma, na região nordeste da cidade ocupada.

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Outra rodovia aprovada conecta o bloco colonial de Gosh Etzion a Jerusalém. O plano inclui também a adição de 560 novas unidades coloniais ao assentamento ilegal de Har Homa.

A decisão foi divulgada apenas alguns dias após Israel e Emirados Árabes Unidos assinarem um “acordo de paz” para normalizar relações diplomáticas. O governo emiradense alega que o pacto pretende conter os planos israelenses de anexação ilegal de grandes partes da Cisjordânia ocupada.

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