Linhas telefônicas entre Israel e Emirados Árabes Unidos são abertas

Trabalhador fala no telefone, em um mercado de Dubai, Emirados Árabes Unidos, 21 de março de 2020 [Karim Sahib/AFP/Getty Images]

Linhas telefônicas entre Emirados Árabes Unidos e Israel foram abertas neste domingo (16), medida celebrada pelo Ministro de Comunicações de Israel Yoaz Hendel como parte importante das ações de normalização dos laços entre os países.

As informações são da agência Reuters.

Na quinta-feira (13), Emirados Árabes Unidos e Israel anunciaram um acordo que levará à plena normalização de suas relações diplomáticas. Anteriormente, ligações de telefone entre os dois países não eram possíveis.

Os Ministros de Relações Exteriores de Israel e Emirados – Gabi Ashkenazi e Abdullah bin Zayed al Nahyan, respectivamente – realizaram uma ligação oficial para inaugurar as linhas telefônicas, segundo oficiais israelenses, corroborados pelo porta-voz da chancelaria emiradense Hend al-Otaiba.

A Autoridade Regulatória de Telecomunicações dos Emirados Árabes Unidos não comentou imediatamente sobre a questão. Tampouco houve comentários das duas principais operadoras de telecomunicações emiradenses, Du e Etisalat.

Neste domingo, a Reuters realizou uma série de telefonemas do território emiradense a Israel, confirmando a funcionalidade da linha. Sites de notícias israelenses, antes bloqueados, também obtiveram permissão de acesso em conexões de internet baseadas no estado do Golfo.

“Parabenizo os Emirados Árabes Unidos pelo desbloqueio”, declarou Hendel no Twitter. “Muitas oportunidades econômicas serão abertas agora; tais passos de construção de confiança são importantes para avançar nos interesses de ambos os países.”

Com o pacto, Emirados Árabes Unidos tornam-se o primeiro estado do Golfo e o terceiro país árabe a instituir plenas relações diplomáticas com a entidade sionista. Anteriormente, apenas Egito e Jordânia possuíam laços com Israel, na região.

Grupos palestinos denunciaram o acordo, ao reiterar que não serve à causa nacional palestina, tampouco considera os direitos legítimos do povo palestino.

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