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Ciclistas palestinos são atacados por colonos de Israel

Um grupo de ciclistas palestinos foi atacado por colonos israelenses, na Cisjordânia ocupada, após um aplicativo os levar a uma área remota repleta de assentamentos ilegais

No último sábado (18), um grupo de ciclistas palestinos foi atacado por colonos israelenses, na Cisjordânia ocupada, após um aplicativo de trilha os levar a uma área remota repleta de assentamentos ilegais.

As informações são da agência Reuters.

O ciclista Amer Kurdi (30) e quatro outros saíram para uma viagem prevista em 80 km, com ajuda do aplicativo de trilha Komoot, que traçou um caminho em direção norte a partir da aldeia palestina de Birzeit.

Após uma hora de trajeto, Kurdi relatou que o aplicativo os levou em direção leste a um caminho rochoso perto do assentamento israelense de Shilo, onde um grupo de colonos ilegais se aproximou e os indagou de onde vinham.

Kurdi respondeu que eram da cidade palestina de Ramallah.

Logo em seguida, os colonos começaram a atirar pedras contra os ciclistas, usando camisetas para encobrir os rostos, conforme o relato de Kurdi e seu irmão Samer (28).

LEIA: Os impactos dos assentamentos ilegais no meio ambiente palestino

“Os outros conseguiram fugir, mas eu tropecei e caí”, declarou Samer. “Quando me levantei, um colono estava atrás de mim e começou a me bater com uma barra de metal.”

Fotografias dos ciclistas, registradas após o incidente e levadas à Polícia de Israel, mostram o sangue e as escoriações nas pernas e braços de Samer.

A Cisjordânia ocupada é apinhada de assentamentos ilegais exclusivamente judaicos, instalados pela ocupação militar do Estado de Israel; palestinos sequer podem se aproximar das áreas. São frequentes agressões por parte dos colonos.

Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense, alegou que uma investigação foi aberta.

Palestinos reclamam que aplicativos de navegação falham em retratar a complexidade do mapa e da ocupação na Cisjordânia.

Solicitado comentário da empresa, o Komoot afirmou lamentar o incidente, mas argumentou que seu serviço não está otimizado para planejar rotas “em áreas de instabilidade política”.

LEIA: Colonos exploram a crise do coronavírus para tomar conta da Cisjordânia

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