Mais de 1.500 unidades habitacionais na Faixa de Gaza ainda não foram reconstruídas desde a sua destruição durante a ofensiva israelense no enclave costeiro em 2014, divulgou na sexta-feira o deputado palestino Jamal Al-Khodari, chefe do Comitê Popular Contra o Cerco.
Em comunicado enviado à mídia, Al-Khodari anunciou que o sofrimento dos moradores cujas casas foram destruídas em 2014 é “complexo”, pois sofrem com a falta de casas e as consequências do cerco israelense à Gaza que já leva 14 anos.
Al-Khodari também acrescentou que mais de 500 fábricas foram seriamente danificadas durante a ofensiva israelense, observando que 85% dessas fábricas ficaram “completamente paralisadas devido à continuidade do cerco israelense”.
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“Apesar do fim da ofensiva israelense, suas repercussões ainda são contínuas”, afirmou, observando que a situação na Faixa de Gaza é “excepcional e trágica”.
Ele acrescentou que os proprietários das fábricas destruídas durante as ofensivas israelenses ainda não receberam compensação, que é paga apenas por edifícios residenciais.
Al-Khodari apontou que o surto do coronavírus, juntamente com o contínuo cerco israelense, “perpetuaram o sofrimento” dos palestinos em Gaza e “agravaram sua tragédia”.
![Meninas palestinas brincam nos escombros de uma casa, que foi destruída durante a guerra de 50 dias entre militantes de Israel e do Hamas no verão de 2014, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 29 de julho de 2015 [Abed Rahim Khatib/ ApaImages]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/07/300715_ABD_00-4.jpg)