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Cerco israelense sobre Gaza eleva taxa de desemprego entre jovens para mais de 70%

Jovem palestino carrega saco de alimentos fornecido pela UNRWA, no campo de refugiados de Al-Shati, Cidade de Gaza, em 15 de janeiro de 2018 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

Jamal Al-Khudari, parlamentar palestino e presidente do Comitê Popular contra o Cerco à Faixa de Gaza, afirmou nesta segunda-feira (17) que o bloqueio israelense ao território palestino elevou a taxa de desemprego entre os jovens para mais de 70 por cento.

Al-Khudari destacou em declaração de imprensa que o cerco conduzido por Israel entrou em seu décimo quarto ano e resultou no fechamento de dezenas de fábricas, empresas e oficinas.

“A miserável realidade imposta possui um grave impacto nos índices de desemprego”, esclareceu Al-Khudari, ao referir-se aos 300.000 trabalhadores desempregados em Gaza e dezenas de milhares de outros desempregados a despeito de formação universitária.

“Não há qualquer solução real para a desoladora situação econômica atual enquanto estiver em ação o cerco israelense”, reiterou o parlamentar palestino. Segundo ele, os jovens palestinos em Gaza estão sendo levados a um futuro obscuro.

Al-Khudari ainda fez um apelo para que sejam postos em prática novos programas de trabalho e que os mercados árabes e internacionais sejam abertos para a juventude de Gaza.

Os jovens palestinos de Gaza podem, por exemplo, ser empregados remotamente; tais métodos de trabalho de “longa distância”, segundo proposta do parlamentar palestino, podem prosperar em Gaza. Entretanto, reiterou novamente que a forma mais eficiente de reduzir o desemprego local é encerrar o cerco de Israel.

“Dar fim ao cerco israelense, abrir travessias de fronteiras, conectar Gaza com a Cisjordânia, permitir exportações de Gaza e livre movimento de pessoas e comércio”, insistiu Al-Khudari. “Esta é a única forma de trazer uma solução real ao problema do desemprego em Gaza.”

Encerrar o bloqueio israelense, concluiu, é responsabilidade da comunidade internacional e não pode ocorrer apenas por meio de “pressões reais” sobre o governo israelense, mas sim ao assumir “medidas decisivas” contra suas políticas.

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