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Viúva de engenheiro ‘morto por Israel’ relata decepção por não receber cidadania da Tunísia

Manifestantes reúnem-se em luto diante do assassinato de Mohammed al-Zawari, engenheiro e especialista em drones tunisiano, em frente à casa da vítima, em Sfax, Tunísia, 18 de dezembro de 2016 [Houssem Zouari/Agência Anadolu]
Manifestantes reúnem-se em luto diante do assassinato de Mohammed al-Zawari, engenheiro e especialista em drones tunisiano, em frente à casa da vítima, em Sfax, Tunísia, 18 de dezembro de 2016 [Houssem Zouari/Agência Anadolu]

Magda Saleh, viúva do falecido engenheiro Mohammed Al-Zawari, expressou decepção de que seu nome não foi incluso na lista de estrangeiros que receberam cidadania tunisiana, sob decreto presidencial.

Saleh, cidadã síria, relatou à agência Anadolu: “Notícias de que recebi cidadania tunisiana não são corretas”, em referência à decisão do Presidente da Tunísia Kais Saied de naturalizar 135 estrangeiros.

A viúva fez um apelo ao presidente para “conceder-lhe cidadania tunisiana em honra a Mohammed Al-Zawari, filho da Tunísia, que sacrificou sua vida pela causa palestina.”

Al-Zawari, cidadão tunisiano e membro do movimento Hamas, foi assassinado na cidade de Sfax, no leste da Tunísia, em 2016. O Hamas acusou o Mossad, serviço secreto israelense, de executá-lo. O engenheiro trabalhava no desenvolvimento de submarinos por controle remoto para a organização de resistência palestina.

LEIA: Mossad israelense admite assassinato de líderes do Hamas no exterior

“Caso não tivesse me casado com um tunisiano após o assassinato de Zawari, seria deportada, uma vez que minha permissão de residência expirou. Casar-me novamente permitiu que eu renovasse meus documentos sem obter cidadania”, relatou Saleh.

Na segunda-feira (6), segundo a agência de notícias tunisiana TAP, fontes oficiais no governo reportaram que o Presidente Saied concedeu cidadania nacional a 135 estrangeiros, incluindo 34 palestinos.

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