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Turquia pratica um jogo honesto na Líbia, alega revista francesa

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, em Istambul, Turquia, 16 de maio de 2020 [Mustafa Kamaci/Agência Anadolu]
Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, em Istambul, Turquia, 16 de maio de 2020 [Mustafa Kamaci/Agência Anadolu]

O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan é o único agente na Líbia que trata a questão de modo honesto, de modo a não esconder sua agenda política na região, afirmou ontem (24) a revista francesa Le Canarde Enchaine.

Segundo a revista, que incluiu opiniões de ex-diplomatas franceses, o presidente turco é o único que não omite objetivos militares, geopolíticos e energéticos sobre o Mar Mediterrâneo, Líbia e Chipre.

Segundo a revista, o governo líbio considerou uma declaração recente do Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi – na qual argumentou a favor da possibilidade de intervenção direta na Líbia – como “declaração de guerra” e interferência em assuntos domésticos do país.

Na quarta-feira (24), o Ministro de Relações Exteriores da Turquia Mevlut Cavusoglu criticou os comentários do Presidente da França Emmanuel Macron sobre o apoio de Ancara ao governo líbio reconhecido internacionalmente.

LEIA: Turquia reitera apoio ao Governo de União Nacional da Líbia

Em um programa de rádio, Cavusoglu alegou que a França pratica um jogo bastante perigoso na Líbia, ao atravessar limites. Anteriormente, o Ministro de Relações da França Jean Yves Le Drian exortou a União Europeia a realizar conversas urgentes sobre relações futuras do bloco com a Turquia, em resposta a seu papel na Líbia.

Em novembro, a Turquia e a Líbia assinou uma série de pactos incluindo estabelecimento de fronteiras marítimas no Mar Mediterrâneo e emprego de tropas turcas em território líbio, a fim de conceder apoio ao Governo de União Nacional, com sede na capital Trípoli.

Como resultado do apoio turco, o Governo de União Nacional recapturou na última semana os arredores ocupados de Trípoli, sob invasão e ataque do general renegado Khalifa Haftar. As milícias de Haftar foram forçadas a recuar.

LEIA: 28 mil líbios deixaram Tarhuna e Sirte, diz ONU

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