O Egito anunciou na noite de quarta-feira que as negociações com a Etiópia sobre a Barragem do Renascimento haviam terminado. O governo considerou Adis Abeba “intransigente” por rejeitar as propostas egípcias, de acordo com uma declaração do Ministro Egípcio de Recursos Hídricos e Irrigação, Mohamed Abdel Aty.
Abdel Aty confirmou que as negociações da Represa da Renascença fizeram pouco progresso, devido a recusas etíopes em questões técnicas e jurídicas. Por isso, as autoridades etíopes recusaram-se a concluir um acordo vinculativo com o Egito e o Sudão.
O ministro egípcio acrescentou que a Etiópia aderiu ao cumprimento de regras orientadoras que poderiam ser alteradas separadamente e também buscou obter o direito absoluto de implementar projetos nas águas superiores do Nilo Azul, além de se opor à inclusão de um mecanismo legal vinculativo para a solução de controvérsias no contrato da usina.
Ele também observou que a Etiópia se opunha a incorporar medidas efetivas do acordo para lidar com as secas.
![Trecho do Rio Nilo Azul ao passar pela Grande Barragem Renascença Etíope (GERD), perto de Guba, na Etiópia, em 26 de dezembro de 2019. Com 1,8 metros de altura e 1,8 metros de altura, o longo colosso de concreto deverá se tornar a maior usina hidrelétrica da África. [Eduarto Soteras/ AFP via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2020/06/GettyImages-1192325323.jpg)