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Netanyahu diz que pediu e Putin salvou Israel de uma resolução de Obama para criar o estado palestino

O presidente russo Vladimir Putin cumprimenta o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante suas conversações no Kremlin, em 27 de fevereiro de 2019 em Moscou, Rússia [Mikhail Svetlov/ Getty Images]
O presidente russo Vladimir Putin cumprimenta o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante suas conversações no Kremlin, em 27 de fevereiro de 2019 em Moscou, Rússia [Mikhail Svetlov/ Getty Images]

O presidente russo Vladimir Putin salvou Israel de uma possível resolução do Conselho de Segurança da ONU em 2016 que teria forçado o estado de ocupação a estabelecer um estado palestino nas fronteiras de 1948, revelou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Segundo Israel Hayom, Netanyahu teria dito, aproximadamente seis meses atrás, que pediu a um “amigo”, a quem ele se referia como “o líder de uma das superpotências que detém poder de veto no Conselho de Segurança da ONU”, para votar contra a resolução . O líder, de acordo com Netanyahu, completou a missão.

O jornal israelense divulgou os detalhes ontem, acrescentando que Netanyahu notou que os EUA – sob o ex-presidente Barack Obama- lideraram a Resolução 2334 do CSNU, que afirma que Israel viola o direito internacional nos territórios palestinos ocupados em 1967.

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Depois de ser informado dos detalhes da resolução em novembro de 2016, Netanyahu ligou para Putin e explicou que isso prejudicaria a estabilidade regional e prejudicaria Israel.

O israelense Hayom continuou dizendo que Netanyahu, inicialmente, pediu a Putin que declarasse que pretendia usar seu veto do CSNU para minar a resolução. Mas Putin recusou.

Dois meses antes de deixar o cargo, Obama trabalhou em outra resolução que obrigaria Israel a aceitar um estado palestino baseado nas fronteiras de 1948.

Novamente, Netanyahu procurou ajuda de Putin e explicou-lhe que a nova resolução de Obama causaria sérios danos a Israel e poderia desestabilizar a região.

Desta vez, Putin teria sido convencido, segundo Netanyahu, e concordou que, se a resolução fosse votada, a Rússia vetaria, o que forçou Obama a abandonar seu plano.

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