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Mais de 50 mil crianças podem morrer no mundo árabe devido ao colapso dos serviços de saúde

Crianças de famílias sírias deslocadas à força são vistas em um campo de refugiados em Idlib, noroeste da Síria, 14 de fevereiro de 2020 [Muhammed Said/Agência Anadolu]
Crianças de famílias sírias deslocadas à força são vistas em um campo de refugiados em Idlib, noroeste da Síria, 14 de fevereiro de 2020 [Muhammed Said/Agência Anadolu]

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram nesta segunda-feira (15) que mais de 50.000 crianças abaixo de cinco anos de idade podem morrer em 2020, na região do Oriente Médio e Norte da África, devido ao colapso dos sistemas de saúde causado pela pandemia do coronavírus.

Ted Chaiban, diretor regional da Unicef no Oriente Médio e Norte da África, e Ahmed al-Manzari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, reportaram em comunicado conjunto que “sistemas de saúde na região estão sob pressão sem precedentes devido à pandemia de covid-19.”

“Embora não tenhamos muitos casos de covid-19 entre as crianças da região, é evidente que a pandemia afeta a saúde das crianças em primeira mão”, declarou o comunicado, ao detalhar que 51.000 crianças abaixo de cinco anos podem morrer na região até o fim deste ano, caso aumentem os níveis de má-nutrição e falta de acesso a vacinas e tratamento para doenças da infância.

Os índices de fatalidade infantil devem, portanto, aumentar em 40%, em relação a estimativas registradas antes da pandemia.

As organizações afirmaram que trabalhadores e instalações de saúde estão concentrados em responder à crise do coronavírus, com recursos limitados, o que exacerba uma situação já crítica. O lockdown busca diminuir a propagação do coronavírus, mas pode obstruir acesso ao tratamento médico para outras doenças, reiterou o comunicado.

LEIA: Coronavírus está forçando 86 milhões de crianças à pobreza

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