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Egito confirma maior aumento diário de novos casos de coronavírus

Médico ajusta máscara de proteção nos rosto de um menino, na unidade de doenças infecciosas do hospital Imbaba, durante surto de coronavírus, no Cairo, capital do Egito, 19 de abril de 2020 [Ahmed Hasan/AFP/Getty Images]
Médico ajusta máscara de proteção nos rosto de um menino, na unidade de doenças infecciosas do hospital Imbaba, durante surto de coronavírus, no Cairo, capital do Egito, 19 de abril de 2020 [Ahmed Hasan/AFP/Getty Images]

Neste sábado (13), o Ministério da Saúde do Egito confirmou 1.677 novos casos de covid-19 e 62 mortes, maior aumento em ambos os índices diários.

No total, o Egito, que detém a maior população entre os países árabes, registrou 42.980 e 1.484 mortes, reiterou o ministério. As informações são da agência Reuters.

Na última semana, o sindicato de medicina do país anunciou que 47 médicos faleceram de coronavírus desde o início da pandemia.

LEIA: No Egito, médicos demitem-se em massa após morte de colega não testado

Apesar do governo caracterizar médicos falecidos como mártires, e da mídia estatal referir-se a eles como “exército de branco”, há enorme descontentamento por parte da comunidade médica devido à forma como são tratados de fato pelas autoridades, durante a pandemia.

O sindicato de medicina do Egito recentemente alertou que o sistema de saúde do país está à beira do colapso e reivindicou das autoridades que adotem novas medidas para proteger os profissionais de saúde.

Logo após o alerta, a imprensa estatal do Egito lançou uma campanha de difamação contra os médicos. O parlamentar Farag Amer acusou a Irmandade Muçulmana de coagir profissionais de saúde a divergirem do governo e se demitirem.

Médicos demandam um lockdown em escala nacional desde o início do surto, à medida que têm dificuldades para encontrar leitos e mesmo espaços adequados para trabalharem, em particular, nas unidades de isolamento. Também reivindicam melhor equipamento preventivo e direito à testagem.

LEIA: Sob pressão, Egito diz que hospitais devem acomodar profissionais de saúde infectados

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