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Rússia faz investigação própria sobre o ataque com armas químicas na Síria

Criança síria recebe tratamento depois de ataque feito pelas forças do governo, sob suspeita de uso de gás cloro em Idlib, Síria, em 4 de abril de 2017 (Bahjat Najar/Agência Anadolu)

A Rússia está realizando sua própria investigação sobre os supostos ataques de armas químicas em 2017 na Síria, após a conclusão, no mês passado, pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), da investigação que os atribuiu à Força Aérea Síria. As revelações foram condenadas por Damasco como “enganosas”, e de conterem “conclusões falsas e fabricadas”, rejeitadas por Moscou.

O relatório de 82 páginas da OPCW foi publicado em 8 de abril e constatou que a Força Aérea Síria jogou bombas contendo gases de cloro ou sarin em um hospital e áreas agrícolas abertas na cidade central de Latamneh, matando três e ferindo mais de 70 pessoas.

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O representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse a repórteres ontem que as conclusões das investigações de Moscou serão compartilhadas com o mundo.

“Estamos conduzindo nossa própria investigação especializada e compartilharemos seus resultados com vocês e a comunidade internacional”, disse Nebenzia durante uma entrevista em vídeo.

A equipe de identificação recém-criada pela OPCW foi considerada pela Rússia como tendo sacrificado sua integridade ao servir os interesses geopolíticos ocidentais, argumentando que o órgão de investigação viola a Convenção sobre Armas Químicas, pois apenas o Conselho de Segurança da ONU tem esses poderes, segundo a Sputnik.

LEIA: Relatório sobre o uso de armas químicas na Síria é ‘angustiante’, mostra organização

Ataque químico na Síria [Sabaaneh/ Monitor do Oriente Médio]

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