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Estados Unidos retiram mísseis Patriot da Arábia Saudita, segundo relatos

Soldados dos Estados Unidos operam equipamento militar de lançamento de mísseis Patriot [Força Aérea dos EUA/Debbie Lockhart]

Os Estados Unidos decidiram retirar quatro baterias de mísseis Patriot e dezenas de tropas posicionadas na Arábia Saudita em meio a tensões crescentes com o Irã, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (7) pela agência Anadolu.

Os ativos militares foram enviados à Arábia Saudita após um ataque a instalações petrolíferas paralisar a produção do reino. Os governos em Riad e Washington responsabilizaram o Irã por este ataque.

A República Islâmica nega qualquer relação com os atentados cometidos contra instalações de petróleo no Golfo Pérsico, alguns meses antes dos ataques de setembro contra postos da Aramco, companhia de petróleo da Arábia Saudita. Porém, nenhum grupo ou organização assumiu responsabilidade por tais incidentes.

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Além de retirar sistemas de mísseis Patriot e tropas relevantes, os Estados Unidos reposicionaram dois esquadrões de aviões de combate e consideram também a possibilidade de reduzir sua presença naval no Golfo Pérsico, segundo o Wall Street Journal.

Conforme os relatos, a retirada de mísseis Patriot é uma operação em curso e se baseia na crença de “alguns oficiais” de que o Irã “já representa ameaça imediata aos interesses estratégicos americanos na região”.

As fontes também afirmam que os coordenadores estratégicos do Pentágono ponderam que tais ativos devem ser redistribuídos para enfrentar novos desafios, como a presença crescente da China em questões geopolíticas da Ásia.

No entanto, outros oficiais acreditam que uma retirada poderiam encorajar ações iranianas na região, em particular, devido à política contínua do governo de Donald Trump de exercer “máxima pressão” ao regime em Teerã.

“A pressão subjacente ao Irã e a propensão a atuar militarmente como única saída para atenuá-la segue existindo, justamente com a campanha de máxima pressão”, relatou uma fonte oficial ao jornal americano. “Ao passo que se mantém a campanha, há um sentimento de que precisamos de forte poder de dissuasão para evitar atividades do Irã na região”, concluiu.

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