Destruição do setor de saúde pelo regime impõe risco aos sírios diante do coronavírus

Na Síria, civis lutam para se proteger contra o potencial surto de coronavírus na província de Idlib, noroeste da Síria, onde ataques conduzidos pelo regime de Bashar al-Assad, com apoio russo, dizimaram o setor de saúde, segundo declaração divulgada ontem (24) pelo grupo de defesa civil conhecido como Capacetes Brancos.

“As campanhas imorais e desumanas conduzidas pela Rússia e pelo regime contra os sírios estão os levando a uma vida inóspita em tendas, o que impõe grave risco de um desastre iminente a quatro milhões de civis diante da propagação do coronavírus no noroeste da Síria”, escreveu o grupo de defesa civil em sua página do Twitter.

“Além das operações preventivas de desinfecção contra o coronavírus, equipes dos Capacetes Brancos estão visitando pessoas em campos e aldeias para fornecer orientações médicas de prevenção, a fim de conscientizar a população civil sobre a doença”, prosseguiu a declaração.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que exames para diagnosticar o novo coronavírus estarão disponíveis no noroeste da Síria nos próximos dias, dentre receios de um desastre ainda maior caso a pandemia atinja os superlotados campos de refugiados locais.

Segundo a Sociedade Médica Sírio-Americana (SAMS), que opera em campo nas regiões mantidas pela oposição, no noroeste da Síria, grupos de oposição tentaram limitar o movimento de pessoas a partir de dois postos de controle nas principais frentes da região, sob receios de que a infecção se dissemine a partir das áreas do governo.

Na última quarta-feira (18), a Alemanha anunciou suspensão de seus programas de reassentamento de refugiados devido ao surto do coronavírus e impôs diversas restrições para conter a propagação da doença.

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