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Chefe do Hamas faz apelo ao rei saudita para que liberte prisioneiros palestinos

Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do Hamas, em Gaza, 10 de novembro de 2019 [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do Hamas, fez um apelo ao Rei da Arábia Saudita Salman Bin Abdulaziz para libertar palestinos detidos nas prisões sauditas, sob receio de que suas vidas estejam ameaçadas pelo novo coronavírus. As informações são da Agência Anadolu.

“À luz da pandemia que está varrendo o mundo, e por medo pelas vidas de nossos honoráveis irmãos, além de todos os aspectos humanos e religiosos com os quais a Arábia Saudita lida com a causa palestina … a soltura dos palestinos torna-se uma necessidade nacional e humanitária, e estamos certos que Vossa Majestade não hesitará em fazê-lo”, afirmou Haniyeh em declaração à imprensa.

E prosseguiu: “Na noite de Israa e Mi’raj [a Jornada Noturna do Profeta Muhammad] na qual Allah fortaleceu o laço sagrado entre a terra das duas mesquitas sagradas [Arábia Saudita] e a terra da Palestina, pedimos ao guardião das duas mesquitas a tão esperada decisão de libertar nosso povo das prisões. Tais lugares não foram feitos aos homens que servem a uma causa legítima, de acordo com o papel fundamental do Reino e de seu povo.”

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Em 9 de março, o Hamas anunciou que a Arábia Saudita havia detido e indiciado apoiadores do grupo palestino no país. Em declaração, destacou que os palestino detidos “não cometeram qualquer crime ou pecado; seu único crime, de acordo com o Serviço de Segurança do Estado Saudita parece ser apoiar a sagrada causa palestina.”

Riad não comentou o assunto.

Segundo familiares, em 8 de março, o Tribunal Penal da Arábia Saudita realizou sua primeira audiência de julgamento de um grupo de prisioneiros palestinos e jordanianos, incluindo Muhammad Al-Khudari, de 81 anos, oficial sênior do Hamas, e seu filho mais velho, Hani Al-Khudari.

A família Al-Khudari denunciou que quase setenta outras pessoas são acusadas de “pertencer a uma organização terrorista e coletar fundos”. A próxima sessão da corte está marcada para a primeira semana de maio.

Observadores acreditam que a prisão de Muhammad Al-Khudari e seus colegas seja motivada politicamente, como parte dos esforços de normalização nas relações entre Arábia Saudita e o estado ocupante de Israel, conduzidos por Mohammad Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita.

Por muitos anos, Muhammad Al-Khudari foi representante oficialmente reconhecido do Hamas na Arábia Saudita.

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