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Paquistão oferece cinquenta bolsas de estudo para universitários palestinos

Estudantes paquistaneses da Universidade de Karachi exibem cartazes durante manifestação em apoio aos palestinos, em Karachi, Paquistão, 17 de abril de 2018 [Rizwan Tabassum/AFP/Getty Images]

O Ministério da Ciência e Tecnologia do Paquistão ofereceu cinquenta bolsas de estudo para palestinos matricularem-se em universidades paquistanesas dentro da alçada do governo.

Chaudhry Fawad Hussain, ministro da pasta, fez esta oferta a Ahmed Rabei, Embaixador da Palestina no Paquistão, durante reunião realizada hoje (10) na capital Islamabad. Em resposta, Rabei prometeu enviar cinco milhões de mudas de oliveiras palestinas ao Paquistão, em apoio ao programa de plantação de árvores do país.

Rabei observou que cerca de 50.000 estudantes palestinos já se formaram em instituições de ensino no Paquistão e então utilizaram suas habilidades para contribuir ao desenvolvimento da Palestina ocupada.

Durante o ano acadêmico de 2019 e 2020, universidades paquistanesas, incluindo a Universidade de Lahore, ofereceram bolsas de estudo de cinco anos para graduandos que desejavam se especializar em medicina, farmácia e odontologia, conforme pontuação de 80 por cento ou mais de aproveitamento acadêmico.

O ministro paquistanês reiterou que toda a nação do Paquistão permanece em solidariedade com os muçulmanos da Palestina.

O Escritório de Relações Exteriores do Paquistão rejeitou o “plano de paz” do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump para supostamente solucionar os conflitos entre Israel e Palestina. Em 29 de janeiro, logo após o anúncio, Aisha Farooqi, porta-voz do gabinete paquistanês, afirmou: “O Paquistão apoia consistentemente uma solução de dois estados, como resguardado por resoluções da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança [das Nações Unidas]”.

“O Paquistão continua a apoiar uma solução justa e duradoura para a questão palestina, por meio de diálogo e negociações, capaz de levar ao cumprimento dos direitos legítimos dos palestinos, incluindo o direito a autodeterminação”, reiterou Farooqi.

Em 3 de março, o presidente da Assembleia Nacional do Paquistão Asad Qaiser afirmou que o Paquistão jamais terá relações com Israel até que seja criado um estado palestino independente. O parlamentar ainda reiterou que seu país continuará a denunciar a ocupação israelense e pressionar a comunidade internacional para condenar as atrocidades israelenses na Palestina, em fóruns regionais e internacionais.

Diante deste contexto, Rabei declarou que o Paquistão corresponde ao “mais importante país no mundo islâmico … cujo papel é louvável para criar unidade entre a comunidade islâmica”. O diplomata ainda afirmou que os palestinos podem considerar o Paquistão como sua casa e destacou que a solidariedade entre os países islâmicos é essencial para solucionar disputas e enfrentar problemas comuns a suas populações.

Rabei acrescentou que os palestinos são gratos ao povo paquistanês por seu apoio “inabalável” pelas liberdades do povo palestino e fez um apelo para implementar ainda mais as interações parlamentares entre Paquistão e Palestina.

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