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Irã cancela orações de sexta-feira sobre coronavírus

Agente de saúde, com máscara e traje de proteção especial, cuida de um paciente infectado pelo coronavírus (COVID-19) em um hospital em Teerã, Irã, 2 de março de 2020. [Fatemeh Bahrami/Agência Anadolu]

O Irã cancelou ontem (4) as orações de sexta-feira em todas as cidades nesta semana, em meio ao crescente surto de coronavírus do país.

A medida ocorreu depois que o Comitê Nacional Iraniano de Combate ao Coronavírus anunciou recentemente 586 novas pessoas infectadas e 15 casos de mortes. Segundo dados oficiais, há um total de 2.922 pessoas infectadas e 92 casos de morte no Irã – o maior número de mortes no mundo fora da China.

O Ministério da Saúde do Irã disse que 552 pacientes se recuperaram do vírus e fez um apelo aos cidadãos “para cancelar toda as festas, reuniões de família ou celebrações fúnebres”.

Ainda na semana passada, Teerã e outras cidades iranianas cancelaram as orações de sexta-feira como precaução contra a propagação do vírus.

INSERIR VÍDEOhttps://videos.files.wordpress.com/S34gXwBX/200304_trn_iran-releases-prisoners-corona_ub_v01_dvd.mp4

LEGENDA

Vídeo destaca situação no Irã. 54 mil prisioneiros negativados em teste para coronavírus, com sentença inferior a cinco anos, foram autorizados a cumpri-la parcialmente em casa, temporariamente. O governo contabiliza 2.336 infectados e 77 mortes, mas é acusado de esconder os números reais, que podem chegar a cerca de 10 mil casos e pelo menos 210 mortes. As orações de sexta-feira foram suspensas até que o vírus esteja sob controle.

O coronavírus apareceu pela primeira vez na China, em 12 de dezembro, na cidade de Wuhan, mas Pequim o revelou oficialmente apenas em meados de janeiro. Um alarme global soou na segunda-feira, quando a China relatou 2.592 mortes pelo surto, com mais de 77.000 casos confirmados.

Fora da China continental, o coronavírus se espalhou para mais de 25 outros países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Cingapura, França, Rússia, Espanha e Índia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto uma emergência internacional de saúde.

Na segunda-feira (2), a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) afirmou que as companhias aéreas do Oriente Médio sofreram perdas no valor de US$ 100 milhões após os cancelamentos de vôos do Extremo Oriente devido à propagação do vírus.

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