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Israel organiza viagem de 23 enviados da ONU para assentamentos na Cisjordânia

Embaixador de Israel na ONU Danny Danon (à esquerda) e Yossi Dagan, chefe do Conselho Regional da Samaria, coordenam turnê de enviados da ONU às instituições do Parque Industrial de Barkan [Twitter]

Israel levou 23 embaixadores da ONU a uma turnê que passou por diversos assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, relatou ontem (19) o jornal Israel Hayom.

Segundo o periódico, esta é a primeira vez que embaixadores das Nações Unidas oficialmente visitam a região. A publicação também esclarece que a turnê ocorre como parte da cooperação entre a Unidade de Relações Exteriores do Conselho Regional de Assentamentos em Samaria e o Embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.

O Israel Hayom afirmou que participantes da turnê incluíram os embaixadores da Polônia, Romênia, República Tcheca, Ucrânia, Guatemala, Haiti e outros.

Os representantes internacionais reuniram-se com o chefe do Conselho dos Assentamentos de Samaria, Yossi Dagan, e visitaram uma fábrica na zona industrial de Barkan, onde encontraram-se com trabalhadores palestinos e colonos israelenses.

“Vimos a coexistência árabe-israelense nas fábricas, e pensamos que se trata de um projeto bastante importante. Comprar tais produtos fornece uma oportunidade para a paz,” afirmou Sven Alkalaj, Embaixador da Bósnia-Herzegovina nas Nações Unidas.

Danny Danon, embaixador israelense, afirmou: “A visita nos ajuda a contar a verdade sobre Israel.”

Em meados de novembro, uma corte superior da União Europeia determinou que países-membros devessem identificar com rótulos especiais todos os produtos feitos nos assentamentos israelenses. Todo e qualquer assentamento de Israel é terminantemente ilegal conforme a lei internacional, decisão que Israel contesta e desacata reiteradamente.

Trabalhadores palestinos nos assentamentos ilegais costumam reclamar da falta de direitos. Por exemplo: atos de discriminação como salários menores em relação a trabalhadores judeus para uma mesma função, falta de atenção médica ou devidos auxílios de saúde caso sofram ferimentos de trabalho e constante ameaça de perder seus meios de vida caso denunciem os abusos e as injustiças enfrentados no trabalho.

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