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Netanyahu afirma que indiciamento contra ele é uma ‘tentativa de golpe’

Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu realiza coletiva de imprensa em sua residência em Jerusalém, 28 de fevereiro de 2019 [Ronen Zvulun/Reuters]

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu condenou a decisão desta quinta-feira (21) do Procurador-Geral de Israel de indiciá-lo criminalmente. Segundo Netanyahu, trata-se de uma tentativa de golpe. As informações são da Agência Anadolu.

Em discurso televisionado pouco após o indiciamento ser anunciado, Netanyahu alegou que o inquérito foi conduzida de forma tendenciosa pelos policiais e investigadores.

“Nesta noite, testemunhamos uma tentativa de golpe de estado contra o primeiro-ministro, sob o uso de falsas alegações e investigações torpes,” afirmou Netanyahu. “Respeito a autoridade legal de Israel, mas é preciso ser cego para ignorar que algo de errado está acontecendo contra mim pelas mãos da polícia e da promotoria,” acrescentou.

Netanyahu acusou o Procurador-Geral Avichai Mandelblit de divulgar a decisão de indiciá-lo em um momento oportunamente sensível, às vésperas de novas eleições.

Avigdor Lieberman, líder do partido de direita Yisrael Beytenu (Israel, Nosso Lar), afirmou que Netanyahu tem o direito de provar sua inocência em juízo.

Benny Gantz, líder da coalizão centrista Kahol Lavan (Azul e Branco) alegou que Netanyahu não possui qualquer responsabilidade pública ou moral para conduzir eleições tão decisivas. Gantz e seu parceiro de partido, Yair Lapid, pediram pela renúncia de Netanyahu.

Mandelblit indiciou Netanyahu sob acusações que incluem propina, fraude e crimes de responsabilidade. Netayahu foi oficialmente acusado em três casos distintos.

No primeiro caso, conhecido por 1000, que envolve Arnon Milchan, produtor israelense de Hollywood, supostamente responsável por adquirir bens de luxo para Netanyahu e sua esposa, o primeiro-ministro foi acusado de crime de responsabilidade e fraude.

No segundo caso, 2000, que envolve um acordo para favorecer a cobertura de imprensa do editor israelense Arnon Mozes, do proeminente jornal em hebraico Yedioth Ahronoth, Netanyahu também foi acusado de crime de responsabilidade e fraude.

No terceiro caso, 4000, Netanyahu foi acusado de receber propina para conceder favores à Companhia de Telecomunicações Bezeq, em troca de obter cobertura favorável no site de notícias que pertence à corporação.

A decisão da procuradoria tornou Netanyahu o primeiro primeiro-ministro na história de Israel a ser indiciado ainda em exercício.

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