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Presidente do Líbano pede pela suspensão do sigilo bancário de ministros do governo

Presidente do Líbano Michel Aoun (centro), Primeiro-Ministro Saad Hariri (à direita) e Presidente do Parlamento Nabih Berri (à esquerda) participam da cerimônia de 74 anos de fundação das Forças Armadas do Líbano, na academia militar de Beirute, capital libanesa, em 1° de agosto de 2019 [Presidência do Líbano/Agência Anadolu]

O Presidente do Líbano Michel Aoun sugeriu nesta segunda-feira (21) a suspensão do sigilo bancário de ministros atuais e futuros como resposta aos protestos em massa que tomaram as ruas do país contra planos do governo para aumentar impostos.

“O que acontece hoje nas ruas reflete a dor do povo, mas generalizar acusações de corrupção é uma grande injustiça,” afirmou Aoun durante uma reunião de seu gabinete.

Desde semana passada, protestos em massa abalam o Líbano. O estopim para as manifestações foi a divulgação de planos do governo para tributar chamadas de Whatsapp e outros serviços de mensagens. Embora o governo tenha abandonado os planos, as manifestações continuaram a crescer, reivindicando reformas.

O Primeiro-Ministro Saad Hariri culpou seus próprios parceiros na coalizão do governo por obstruir reformas econômicas que poderiam solucionar a crise. O primeiro-ministro lhes concedeu um prazo de 72 horas para que deem sequências às propostas; caso contrário, sugeriu renunciar.

Espera-se que Hariri faça um pronunciamento ainda hoje após a reunião de seu gabinete.

No sábado (19), o partido cristão Forças Libanesas anunciou a renúncia de seus quatro ministros em exercício junto ao líder do partido Samir Geagea, exigindo a composição de um novo gabinete de governo.

As renúncias ocorreram poucas horas depois de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, declarar que seu grupo se opõe à renúncia do atual governo.

O Líbano possui uma das maiores dívidas externas de todo o mundo, em um índice de US$ 86.2 bilhões apenas no primeiro trimestre deste ano.

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