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Presidente do Knesset diz que anexar o Vale do Jordão pode “nos aproximar da paz”

Presidente do Knesset, Yuli Edelstein. Em 13 de setembro de 2013 [Yuri Levin / Wikipedia]

O presidente do Knesset e político do Likud, Yuli Edelstein, disse à CNN que o plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de anexar o Vale do Jordão seria bom para a paz.

Solicitado a justificar o plano, descrito pelo apresentador como “uma transgressão arbitrária do direito internacional”, Edelstein alegou que os comentários de Netanyahu não eram “uma promessa de campanha” e que “a soberania não se aplicaria à cidade de Jericó, onde os palestinos vivem”.

Prosseguindo, Edelstein disse haver dois argumentos principais em apoio à anexação.

“Um: nossos direitos históricos naquela área”, disse, “e o outro: todo especialista militar que eu conheço (considera), e você há de concordar, que é impossível defender o estado de Israel sem o controle militar nesta área.”

“Com essas duas questões combinadas, acho óbvio que, sob nenhuma negociação, poderemos desistir do Vale do Jordão”, continuou Edelstein, “portanto, essa é uma justificativa muito simples”.

Questionado pelo apresentador se a anexação do Vale do Jordão seria unilateral, fora de um acordo negociado com os palestinos, Edelstein chegou a afirmar que tal desenvolvimento seria realmente positivo para todos.

“Acho que, no que diz respeito ao plano do Vale do Jordão, ele poderia nos aproximar ainda mais da paz, porque as coisas ficarão mais claras”, disse Edelstein, acrescentando que a “ilusão” de algumas pessoas sobre o “futuro desta área” só torna “mais difícil de negociar”.

A principal figura do Likud também descartou a ideia de que anexar o Vale do Jordão prejudicaria seriamente a posição internacional de Israel.

“A mudança da embaixada americana para Jerusalém, o reconhecimento pela administração americana da soberania israelense sobre as Colinas de Golã [sírias, ocupadas] também receberam algumas condenações”, disse Edelstein, mas “no momento vemos outros países, alguns deles movendo suas embaixadas, alguns deles abrindo todos os tipos de centros culturais ou comerciais em Jerusalém. ”

“Então, sinceramente, espero que, se conversarmos e espero que (isso aconteça) daqui a dois, três anos, será bastante natural para um país ter uma embaixada em Jerusalém. Da mesma forma, eu diria que, provavelmente em alguns anos, será bastante natural que Israel tenha soberania sobre o Vale do Jordão. ”

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