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Hospital no Egito remove à força pacientes de Aids

Paciente de Aids é removido à força de um hospital no Egito [Twitter]

Um homem egípcio foi removido à força de um hospital no Egito após a equipe médica descobrir que ele é portador do vírus da Aids.

Na quarta-feira (14), o paciente do hospital em Kafr Al-Zayat, na província de Gharbia, no Egito, foi carregado pelos braços e pernas por um homem e uma mulher vestindo luvas. A cena foi registrada em fotos compartilhadas nas redes sociais.

Segundo relatos, diversos pacientes no Egito foram rejeitados por hospitais e dentistas após revelarem aos profissionais de saúde que são portadores de Aids.

Egípcios com Aids são altamente discriminados no país e temem perder seus trabalhos, suas casas e serem deserdados por suas famílias. Estes receios simplesmente agravam o problema, pois os doentes temem discriminação ao revelar sua condição, serem testados ou mesmo buscar tratamento.

Em 2017, uma mãe com Aids cometeu suicídio ao pular do quinto andar de seu edifício no Cairo, após vizinhos descobrirem seu diagnóstico e pedirem por sua expulsão.

Segundo as Nações Unidas, os casos de HIV crescem anualmente em até 40 por cento no Egito, com mais de 11.000 casos registrados no fim de 2016. O Ministério da Saúde do Egito divulga estimativas mais próximas de 7.000 casos.

Apesar da promessa do governo de erradicar a Aids no país até 2030, a Unicef afirma que há faltas graves nos sistemas de prevenção, cuidado e apoio aos pacientes com a doença.

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