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Coalizão saudita matou civis no Iêmen, denuncia a organização Médicos Sem Fronteiras

Habitantes de Aden após um ataque, Iêmen, agosto de 2019 [Wael Shaif Thabet/Agência Anadolu]

Na última terça-feira (13), a organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) condenou a coalizão liderada pela Arábia Saudita por seus ataques conduzidos contra civis no Iêmen. A entidade reivindicou medidas urgentes para garantir a proteção da população civil iemenita.

O MSF compartilhou em sua conta no Twitter que dezessete civis foram internados no Hospital Rural de Abs, na província de Hajjah (noroeste do Iêmen), com apoio da entidade, para tratar de ferimentos causados por um ataque aéreo contra suas casas, executado no último domingo (11).

Dentre os feridos, estão seis mulheres e cinco crianças. A organização também destacou que mais de dez civis foram mortos como resultado do mesmo ataque.

O MSF condenou veementemente estes ataques contra a população civil, pedindo por medidas urgentes que garantam sua proteção e defesa e deem segurança aos estabelecimentos de saúde que operam em meio ao conflito em andamento.

No domingo, o grupo Houthi declarou que onze pessoas foram mortas, incluindo três mulheres e quatro crianças, durante o ataque contra uma residência no bairro de Somla, distrito de Mustaba, na província de Hajjah.

O grupo rebelde afirmou que os aviões de guerra executaram três investidas contra a residência de uma família deslocada pela guerra. O comando das forças da coalizão saudita relatou considerar um destes ataques como um acidente.

A maior parte da província de Hajjah, que faz fronteira com a Arábia Saudita, está submetida ao controle Houthi desde o fim de 2014. Entretanto, o governo iemenita controla algumas áreas na região.

O Iêmen está imerso em um conflito sangrento desde julho de 2014. Os confrontos se intensificaram após a intervenção da aliança entre Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, em março de 2015, em apoio às forças filiadas ao governo reconhecido internacionalmente, contra a milícia Houthi que controla a capital Sanaa e outras regiões do país.

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