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Benny Gantz, líder da oposição israelense, promete ‘golpear’ Gaza como primeiro-ministro

Benny Gantz, ex-Chefe do Estado-Maior do Exército de Israel e candidato ao cargo de primeiro-ministro, discursa em Tel Aviv, em 29 de janeiro de 2019 [Amir Levy/Getty Images]

Benny Gantz, líder da coalizão Azul e Branco (Kahol Lavan), maior partido de oposição de Israel, prometeu nesta terça-feira (6) “golpear Gaza” caso se torne primeiro-ministro. As informações são do jornal israelense Haaretz.

Segundo Gantz – comandante do Exército de Israel durante duas grandes ofensivas contra a Faixa de Gaza, em 2012 e 2014 –, um ataque futuro ordenado por ele incluiria uma invasão por terra no território sitiado, além de eliminar a liderança do Hamas.

Ao descrever seus comentários como “uma diretriz ainda mais agressiva assumida pelo partido do que a postura assumida na última campanha eleitoral”, o jornal Haaretz afirmou que “fontes no Kahol Lavan confirmaram a decisão de acentuar a retórica concernente aos assuntos de defesa, em um esforço para atrair eleitores de direita”.

O líder do partido Azul e Branco (Kahol Lavan) fez os comentários durante uma visita à fronteira com Gaza, acompanhado por outros membros de alto escalão de seu partido, incluindo o co-líder Yair Lapid, Moshe Ya’alon e Gabi Ashkenazi.

“Não pretendemos permitir que nosso poder de dissuasão continue a ser erodido; não pretendemos permitir que este modelo de outra e outra e outra rodada, e outra pipa [incendiária], e outros mísseis e outras coisas, continue,” declarou Gantz. “A próxima vez que acontecer algo aqui, garantiremos que seja a última.”

Segundo as informações divulgadas pelo jornal israelense, Gantz também afirmou: “Outra rodada de combates não terminaria somente com um acordo, mas com uma tentativa de derrotar de vez o Hamas militarmente.” O Haaretz ainda reitera: “Caso outro conflito insurja enquanto ele for primeiro-ministro, o Exército será mobilizado para matar toda a liderança do Hamas.”

Yair Lapid também proferiu ameaças: “O Hamas deve saber que a próxima vez que atirarem mísseis contra os cidadãos de Israel, seus líderes, sob nossas ordens, não receberão maletas cheias de dólares – receberão, sim, um míssil teleguiado na porta de suas casas.”

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